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    Conferência: Angola questiona visão estratégica de Portugal

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    O ministro das Finanças angolano dirigiu-se hoje publicamente em Maputo ao secretário de Estado adjunto e da Economia de Portugal, durante um painel da conferência África em Ascensão, para questionar a “visão estratégia além-fronteiras” portuguesa no período pós-crise.

    Armando Manuel assistia a um painel no qual interveio como conferencista o secretário de Estado português e, na fase de perguntas, dirigiu-se diretamente a Leonardo Mathias, questionando a visão estratégica de Portugal atendendo à redução de disponibilidade de financiamento nos mercados africanos.

    “Algumas janelas de financiamento português para empresas portuguesas [que operam] nessas economias [de países africanos] passaram a ser menos competitivas. Qual é a visão estratégica de Portugal perante um cenário em que a sua expansão além-fronteiras não é acompanhada por um braço financeiro?”, questionou Armando Manuel durante o painel da conferência promovida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e Governo moçambicano.

    A pergunta do ministro angolano ficaria, no entanto, sem uma resposta, uma vez que o tempo destinado à realização do painel se esgotou.

    O secretário de Estado português admitiu posteriormente à agência Lusa “uma diminuição da concessão de crédito dos maiores bancos portugueses internamente, o que teve um reflexo nas sucursais e bancos associados”.

    “Por outro lado, o mercado angolano bancário é extremamente dinâmico e em crescimento, portanto, uma grande empresa, portuguesa ou não, a operar em Angola ou Portugal, não tendo um banco, com certeza que encontra outro”, acrescentou Leonardo Mathias.

    Também questionado pela agência Lusa sobre os impactos da quebra do financiamento português no mercado angolano, o ministro das Finanças de Angola afirmou que o seu país dispõe de “alternativas”, considerando, no entanto, “desejável” a existência de um “leque de opções financeiras diversificado”, incluindo as que tenham origem em Portugal.

    Durante o painel “Criação de Mercados Financeiros Mais Profundos, Mais Alargados e Sustentáveis”, que contou com intervenções dos governadores dos bancos de Moçambique e da Tanzânia, respetivamente Ernesto Gove e Benno Ndulu, entre outros convidados, foi assinalada a necessidade dos países da África subsariana diversificarem os seus serviços financeiros através das novas tecnologias móveis.

    A sessão inseriu-se no programa da conferência de dois dias África em Ascensão, promovida conjuntamente pelo Governo moçambicano e pelo FMI, e que termina na sexta-feira no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo. (noticiasaominuto.com)

    por Lusa

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