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    Com aeroportos em obras e menos equipes nas companhias, voar no Brasil é um transtorno

    (em.com.br)
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    Preços nas alturas e infraestrutura precária em terra. Às vésperas de a bolar rolar para a tão falada Copa do Mundo, o governo federal luta para ajeitar o setor aeroportuário para os milhares de turistas que vão invadir o Brasil no período do evento esportivo terem uma primeira impressão positiva. Faltando seis meses para a partida inicial, luta-se para colocar o setor em ordem. Sob a pressão da contagem regressiva, qualquer novo atraso, e erro de planejamento, pode comprometer a entrega das obras do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, e de outros terminais país afora. E o pior: caso as reformas não sejam concluídas a tempo, as medidas para segurar os preços abusivos das passagens podem não se efetivar.

    Além da infraestrutura e dos preços, outro problema do setor refere-se ao tamanho das equipes das companhias aéreas. As demissões de tripulantes nos últimos anos tornaram os efetivos enxutos demais. Tanto é que, faltando uma semana para o Natal, tripulantes da Gol atingiram o limite de jornada de trabalho e ficaram impedidos de trabalhar, o que acarretou atrasos e cancelamentos de voos por cinco dias consecutivos. Em Confins, os problemas se repetiram, afetando mais de 50% da malha no período. Mas, devido às condições estruturais, atrasos e cancelamentos têm sido frequentes durante todo o ano.

    Acostumado a viajar pela empresa em que trabalha, o administrador de empresas Breno Menezes recorda-se de ter sido obrigado a esperar quatro horas em Vitória (ES) para retornar aa Minas sem ter sido informado ao certo o motivo do atraso. Já na sala de embarque, com o voo previsto no painel de informações, ele reparou que minutos depois a viagem foi cancelada. E nenhum passageiro foi informado do problema. “Com muita insistência, me encaixaram em um voo, mas teve gente que demorou mais. Ainda assim, perdi meu compromisso”, relata.

    (em.com.br)
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    Para evitar a repetição desse tipo de problema, as companhias aéreas iniciaram a contratação de pilotos e comissários, segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). Apesar de não informar quantas admissões já foram feitas, o sindicato, em contato com profissionais, diz que tripulantes que estavam parados têm sido convocados para preencher novas vagas. “Tem que haver um planejamento muito melhor. Com o aumento de 10% a 20% nos voos, tem de haver contingente para suprir. Isso pesa. Vai ter de haver contratação. Espero que a situação tenha servido de exemplo para a Copa”, diz o presidente do SNA, José Adriano Castanho, sobre o problema da véspera do Natal.

    O Palácio do Planalto chega a cogitar a abertura do mercado aéreo para companhias estrangeiras como forma de conter a alta dos preços. A medida, em estudo, resultaria em aumento da oferta para as cidades-sede, contribuindo para controlar os preços. Torcedores estrangeiros têm se mostrado assustados com os valores cobrados pelas empresas nacionais. Na quarta-feira, a Agência Nacional de Aviação Civil divulga quais das 1.523 novas rotas solicitadas para o período da Copa serão aceitas. O aumento de trechos será a principal ação para controlar preços. (em.com.br)

    Pedro Rocha Franco

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