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    China promete retaliar expulsão de jornalistas chineses dos EUA

    A China prometeu hoje “retaliar” no caso de nova expulsão de jornalistas chineses pelos Estados Unidos, numa altura de escalada de tensões entre as duas potências no comércio ou diplomacia.

    O governo chinês informou, esta terça-feira, que pretende retaliar contra os Estados Unidos caso persistam as “acções hostis” contra jornalistas que poderão ser forçados a abandonar o país nos próximos dias caso os seus vistos não sejam prolongados.

    O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, informou aos jornalistas durante uma conferência de imprensa que nenhum jornalista chinês, nos Estados Unidos, que pediu por uma extensão do visto de 90 dias tinha recebido uma nova permissão para ficar. .

    “Os EUA estão a intensificar as suas acções contra jornalistas chineses”, disse Wang a repórteres. “Os EUA devem corrigir imediatamente o seu erro e parar com essas medidas”, cita a “Reuters” as declarações do responsável.

    “Se os EUA persistirem, a China tomará uma resposta necessária e legítima para salvaguardar os seus direitos”, vincou.

    Wang não avançou quantos jornalistas chineses foram afectados ou que tipo de resposta está a ser considerada pela China, porém, o editor do jornal “Global Times”, da China informou que os jornalistas americanos localizados em Hong Kong estariam entre os alvos caso os seus colegas chineses fossem forçados a abandonar os Estados Unidos.

    Uma dúzia de órgãos de imprensa chineses, incluindo a televisão pública CCTV e a agência noticiosa Xinhua, foi classificada nos últimos meses pelos Estados Unidos como “missões diplomáticas estrangeiras”, marcando o início de uma escalada entre os dois poderes no âmbito da imprensa.

    Washington reduziu drasticamente o número de chineses autorizados a trabalhar para órgãos de imprensa estatal nos Estados Unidos. Várias dezenas tiveram que deixar o país.

    As autoridades chinesas retaliaram com a expulsão de vários correspondentes de jornais norte-americanos, incluindo o Wall Street Journal, o New York Times e o Washington Post.

    Questionado se jornalistas norte-americanos baseados no território semiautónomo de Hong Kong agora podiam ser expulsos, Wang Wenbin foi evasivo.

    A região “faz parte da China” e possíveis medidas de retaliação enquadram-se nos “deveres e responsabilidades diplomáticas” do Governo central, disse.

    Hong Kong goza desde há décadas uma liberdade de expressão desconhecida no resto da China, mas a imposição, desde 30 de Junho, de uma lei de segurança nacional no território pode resultar na recusa de vistos para jornalistas estrangeiros.

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    FonteJE

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