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    Causas da morte do velejador angolano esclarecidas na autópsia

    Continuam por explicar as causas da morte de velejador (ANGOP)
    Continuam por explicar as causas da morte de velejador (ANGOP)

    Luanda – O presidente do conselho de administração da Angola Cables, empresa patrocinadora das embarcações angolanas na regata Cape Town/Rio Janeiro, António Nunes, afirmou hoje que as causas da morte do velejador António Bartolomeu, ocorrida domingo, serão esclarecidas apenas depois da autópsia.

    De acordo com a fonte, que falava em conferência de imprensa, o atleta foi retirado do mar já sem vida, que pode ter sido em consequência do tempo na água (mais de três minutos), com hipotermia ou, provavelmente, terá levado pancada durante este período.

    Deste modo, segundo António Nunes, apenas o resultado da autópsia, ainda sem data confirmada, poderá definir as causas reais do infortunio.

    Explicou que o acidente se deu na sequência do mau tempo que se fazia sentir com ondas de mais de cinco metros e ventos de 50 nós. A vela do Bille, denominação do barco, rasgou-se, obrigando a equipa a proceder a remoção.

    Já sem vela, foi forçada, pelo tempo, a inclinar-se mais de 60 graus para direita, provocando a deslocação do mastro (peça vertical que sustenta as principais estruturas do barco à vela) da sua posição. Fruto disso, a retranca (peça presa ao mastro e ajuda a
    suportar a vela) recuou à popa (secção traseira de uma embarcação), embatendo com violência sobre a área onde se encontravam os comandos do veleiro e parte da tripulação.

    Como resultado, os tripulantes Rui Sancho, António Manuel e António Bartolomeu, apesar de usarem equipamento de segurança, foram atirados ao mar. Os restantes, apesar de alguns ferimentos, deram início as manobras de salvamento.

    Rui Sancho, que estava perto, conseguiu chegar ao veleiro por meios próprios, António Manuel, muito longe, libertou-se do fato e nadou até a embarcação, António Bartolomeu conseguiu igualmente nadar até ao veleiro, mas não conseguiu se libertar do equipamento – encontrava-se pesado para ser puxado para cima.

    “Quando foi puxado, perante a baixa temporatura da água, já era tarde. De seguida, o Bille emitiu um sinal de socorro e as autoridades sul-africanas levaram a cabo o processo de resgate”, explicou António Nunes.

    Os tripulantes angolanos encontram-se hospitalizados na Cidade de Cabo e, assim como o malogrado, ainda sem data de regresso ao país. Além do veleiro angolano, mais 10 embarcações regressaram à cidade sul-africana danificados, reduzindo o número de participantes na prova.

    Por outro lado, António Nunes acrescentou que o Mussulo III, outro barco angolano, encontra-se em prova e bem posicionado. (portalangop.co.ao)

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