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    “Capricho, insensatez e insensibilidade mantém o cadáver do antigo presidente sequestrado, aprisionado e congelado” – Executivo Angolano

    As palavras deste título são de um comunicado lido na abertura do principal jornal da Televisão Pública de Angola (TPA), que, acreditamos, foi produzido pelo Executivo.

    Quando se assinala um mês sobre a morte de José Eduardo dos Santos, a TPA leu, na abertura do noticiário das 20:00, um comunicado, certamente do Governo porque não foi indicada a fonte, que acusa “dois dos seus muitos filhos” de José Eduardo dos Santos de fazerem do cadáver “de um chefe de Estado, que está sequestrado, aprisionado e congelado durante um mês devido ao capricho, à insensatez e à insensibilidade”.

    O vice-procurador geral da República, Mota Liz, assegurou esta segunda-feira, 11, no velório do antigo Chefe de Estado angolano, que faleceu no passado dia 8, em Barcelona, Reino de Espanha, aos 79 anos, que as filhas de José Eduardo dos Santos, em conflito com a Lei, podem entrar e sair do País nesta fase do óbito.
    (DR)

    “Desde a primeira hora o Executivo angolano tudo tem feito no sentido de garantir um funeral de Estado ao engenheiro José Eduardo dos Santos com todas as honras devidas ao seu estatuto e também à sua dimensão”, começou por ler o jornalista Ernesto Bartolomeu, na abertura do jornal.

    Presidente angolano João Lourenço assina livro de condolências do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, Luanda, Angola, 11 Julho 2022.
    (DR)

    “De Cabina ao Cunene, o Governo ressalta o comportamento e a atitude patriótica e cívica dos angolanos que acorreram em massa durante sete dias aos lugares de velório organizados para homenagear o antigo presidente da República”, prosseguiu o jornalista.

    Memorial Dr. Agostinho Neto, em homenagem ao antigo Presidente José Eduardo dos Santos, Luanda, 11 Julho 2022.
    (DR)

    “A despeito destes sinais e engajamento do Estado angolano – num caso certamente inédito no mundo – o cadáver de um chefe de Estado está sequestrado, aprisionado e congelado durante um mês devido ao capricho, à insensatez e à insensibilidade, sem limites de dois dos seus muitos filhos”, concluiu, desta forma, a leitura do comunicado Ernesto Bartolomeu.

    Presidente angolano, João Lourenço (esq), visita antigo Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos (dir) em Luanda, Angola, 4 Março 2022.
    (DR)

    Depois de um razoável silêncio, o Executivo aponta o dedo a dois de oito filhos de José Eduardo dos Santos como os responsáveis pela incapacidade notória de fazer um funeral de Estado ao antigo presidente.

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