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    Bromangol diz ser segura e que vela pela saúde pública

    (OPAIS)
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    A Bromangol, uma empresa detentora de um laboratório que tem estado envolvido numa polémica que opõe alguns importadores à Alfândega, diz que realiza as suas análises segundo os padrões mais exigentes do mundo. Maria Paula Parmigiani, a directora, diz que a empresa nasceu em 2008 e que respondeu a um edital de 31 de Dezembro de 2011, publicado no Jornal de Angola. Vencido o concurso, foi-lhe adjudicada a tarefa da análise dos produtos alimentares importados já em 2012.

    Maria Pamigini diz que o dono do projecto é a alfândega, estando o laboratório a prestar-lhe serviço. “É como se estivéssemos dentro da Alfândega”. Disse. “A nossa relação é com a Alfândega, não com o importador. Com eles temos contacto quando vamos recolher as amostras para as análises”.

    Segundo o que disse, são os importadores quem marca a data para a recolha das amostras, o que e feito no seu armazém, ou noutro local, de forma a não contaminar o produto. Ou seja, a recolha é feita pelos técnicos na presença de pessoal da Alfândega e do próprio importador. Todos os contentores que entram pelo porto são analisados. No aeroporto a recolha é feita também no local, tratando-se de produtos rapidamente perecíveis. Num e noutro caso, depois de retiradas as amostras e transportadas com o máximo de segurança, os comerciantes são livres de comercializar os seus produtos, mesmo antes de se conhecerem os resultados laboratoriais.

    Alta tecnologia

    Maria Pamigiani diz que o laboratório da Bromangol é equipado com o que de melhor se encontra no mundo e defende que melhor ou igual a este laboratório, em África, só na África do Sul. Os equipamentos são de produção alemã, francesa e norte-americana.

    “O que está em causa é a saúde pública”, diz a directora quando questionada sobre a polémica em que a sua instituição tem estado envolvida. “Já há importadores a mudar de posição, já perceberam que podemos trabalhar em parceria, para que escolham melhor os seus fornecedores”. E acrescentou: “Não basta ir buscar produtos a baixo preço e muito perto da data de expiração para obter lucros altos, é preciso saber o que se importa e o que se vende”. E neste capítulo, afirma que já foram encontrados produtos contaminados com mil vezes mais coliformes que os aceitáveis; 5 vezes mais arsénio e muitas vezes mais salmonelas. Os coliformes são encontrados sobretudo nas carnes o arsénio no leite, por exemplo. Os produtos encontrados são causadores de cancros (arsénio), febre tifóide e outras doenças. “O preço alto é o que o Governo, os contribuintes, pagam com hospitais e medicamentos”, disse Pamigiani. O que ela quis dizer é que se teria poupado muito com gastos de saúde se os angolanos consumissem alimentos mais saudáveis. De qualquer forma, os preços das análises estão a ser revistos por quem de direito, até para os adequar às quantidades de produto importado, para que quem importe um queijo não pague o mesmo que quem importe duas toneladas.

    Análises non stop

    Funcionam na Bromangol 149 pessoas, das quais 9 brasileiros e 29 técnicos angolanos, contratados de outros laboratórios e “pescados” nas universidades, todos treinados para fazerem as análises de contaminantes químicos e microbiológicos. O trabalho no laboratório é ininterrupto, com turnos que se revezam. Para já, o período em que decorrem as análises é, no máximo, de sete dias, embora algumas culturas possam levar mais tempo.

    Outro aspecto: a catalogação das amostras é informatizada e tem um código de barras, os técnicos nunca sabem de que lote vem a amostra e muito menos de que importador.

    As instalações são constituídas de contentores que, para Maria Pamigiani, oferecerem todas as condições de assepsia. “Estão perfeitamente adequados para análises toxicológicas de alimentos”. Seja como for, a empresa vai dispor de instalações definitivas já em construção.

    A Bromangol está vocacionada apenas para análise de alimentos, não atendendo a solicitações de análises clínicas. (opais.net)

    José Kaliengue

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