Pelo menos 65 pessoas foram assassinadas por homens armados, supostos integrantes do grupo jihadista Boko Haram, durante um funeral numa localidade próxima da cidade de Maiduguri, a capital do estado de Borno, no nordeste da Nigéria, confirmou este domingo o governo local.
O ataque, avança a EFE, aconteceu por volta das 11h40 locais (10h40 GMT) de sábado, quando os insurgentes abriram fogo contra os presentes num funeral na localidade de Badu, a poucos quilómetros da capital de Borno.
“São 65 mortos e dez feridos”, disse à imprensa o titular do governo de Borno, Muhammed Bulama, ao explicar que cerca de 20 pessoas morreram no ataque inicial ao funeral e que as outras vítimas foram assassinadas pelos jihadistas quando tentavam fugir.
Os feridos foram transferidos para um hospital de Maiduguri, onde recebem tratamento.
O governador de Borno enfatizou o seu compromisso com as agências de segurança para proteger as vidas dos moradores da região e condenou o ataque, que é um dos mais letais neste ano.
Nesta sexta-feira fez-se 10 anos do primeiro ataque desse grupo jihadista, em 26 de julho de 2009, contra uma esquadra policial, em represália pela detenção dos seus líderes.
Quatro dias depois, o líder espiritual Mohammed Yusuf, que tinha fundado a organização em 2002, foi executado pela polícia. O seu sucessor, Abubakar Shekau, decidiu então mudar radicalmente a estratégia do grupo, fazendo ataques não só contra as forças de segurança mas também contra civis.
Desde então, o nordeste da Nigéria sofre com a violência do Boko Haram, que luta para impor a sharia, a lei islâmica, no norte do país, que é de maioria muçulmana.
Durante a sua campanha de violência, que também atingiu países vizinhos como Chade e Camarões, o grupo assassinou mais de 27 mil pessoas, segundo as Nações Unidas.