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    Armando Mota: Seguradoras nacionais dão provas de confiança

     

    Armando Mota (Foto: D.R.)
    Armando Mota
    (Foto: D.R.)

    A Universal Seguros perspectiva futuro de grandes mudanças na oferta e prestação dos serviços  sendo actualmente o negócio representar um investimento de cerca de 98 mil milhões de kwanzas.

    As perspectivas futuras do mercado segurador angolano continuam animadoras, esperando-se a manutenção de elevadas taxas de crescimento na ordem dos 15 por cento, em média, entre 2014 e 2019. O administrador Armando Jorge Aleixo Ferreira Mota, da Universal Seguros, disse que o acréscimo do número de operadores, sejam seguradoras, correctores e mediadores são os melhores indicadores da dinâmica do sector. É, igualmente, visível a diversificação da oferta e um esforço de distribuição por diversos canais.

    Qual a caracterização que faz do mercado segurador nacional? 

    A partir de 2001, com a publicação da Lei Geral da Actividade Seguradora, o mercado nacional tem registado um crescimento notável. Estimamos que o mercado de seguros, em 2012, representasse cerca de mil milhões de dólares (98 mil milhões de kwanzas). As perspectivas futuras continuam animadoras, esperando-se a manutenção de elevadas taxas de crescimento na ordem dos 15 por cento, em média, entre 2014 e 2019. O acréscimo do número de operadores, sejam seguradoras, correctores e mediadores, são o melhor indicador da dinâmica do sector. É igualmente visível a diversificação da oferta e um esforço de distribuição por diversos canais.

    Como podemos caracterizar o segmento não vida? 

    A produção não vida caracteriza-se pela concentração em torno dos seguros obrigatórios, que continuarão a sustentar o crescimento ao longo dos próximos anos, embora sejam crescentes os sinais de tentativa de diversificação. Nas linhas pessoais, em especial os seguros de vida, é previsível um forte incremento da sua importância relativa. A introdução e incentivo ao crédito habitação será o factor decisivo para esse crescimento. Estamos igualmente convictos que a procura irá também aumentar significativamente na área da saúde, particularmente nos seguros de saúde. O nosso mercado é jovem, mas as perspectivas futuras são promissoras. Esperamos a manutenção de levadas taxas de crescimento. A retoma económica, aumento da população, aumento do poder de compra, a crescente sensibilidade das pessoas e das empresas à necessidade do seguro são factores que nos levam a acreditar num crescimento sustentado do mercado ao longo dos próximos anos.

    O que se espera do programa de reestruturação do sector? 

    Estima-se que o mercado continue a evoluir favoravelmente. Este crescimento será também influenciado pela crescente sensibilidade das pessoas e das empresas aos seguros. A taxa de crescimento real será certamente superior ao crescimento do PIB. Preparamos a Universal Seguros para os desafios que resultarão da normal evolução do mercado. Continuaremos unidos de modo contínuo com os nossos clientes e distribuidores, não deixaremos de apostar numa oferta inovadora e competitiva. Facilitaremos o processo de contratação das apólices. Reforçaremos a distribuição numa lógica de multicanal, apoiada em elevados níveis de relacionamento comercial, de satisfação e de fidelização dos clientes.

    Até que ponto a estratégia definida pelo sector tem ido de encontro às expectativa do mercado? 

    Creio que o crescimento sustentado do mercado é a prova que as seguradoras merecem a confiança dos clientes. Isto é resultado dos investimentos que das seguradoras em sistemas, produtos, canais de distribuição, instalações e em pessoas para atender à procura crescente dos cidadãos e das empresas. Acredito que o caminho percorrido e as perspectivas de evolução futura permitem afirmar que para a generalidade dos nossos clientes estamos a ir ao encontro das suas expectativas.

    Acha que Angola tem mercado suficiente para atender às preocupações dos diversos segmentos sociais? 

    Na Universal Seguros, temos um compromisso com a inovação e a qualidade de serviço. Este é o nosso posicionamento. Dispomos de uma oferta inovadora e competitiva. Estão em comercialização mais e 80 produtos, distribuídos numa lógica de multicanal. Estamos presentes através de uma rede de comercialização diversificada, em que se integram as formas mais tradicionais de distribuição, como lojas, bancos, correctores e agentes, mas também abordagens inovadoras no sector, como sejam, lojas móveis, mediadores exclusivos, canal telefónico e internet. Tudo isto suportado em elevados níveis de relacionamento comercial, de rigor, satisfação e de fidelização dos clientes. Acreditamos que este posicionamento permitir-nos-á continuar a responder afirmativamente às preocupações e necessidades dos clientes.

    Podemos falar já de uma verdadeira cultura de seguros? 

    Acreditamos que sim. O maior desafio no imediato reside na capacidade de prestarmos um serviço rigoroso e de qualidade na gestão dos sinistros, em particular nos que resultam do seguro automóvel de responsabilidade civil. A obrigatoriedade do seguro de responsabilidade civil automóvel tem um papel central porque permite às seguradoras dinamizar toda a sua oferta e rede comercial, e promover assim o desenvolvimento de uma cultura de seguros nas populações para quem este seguro, muitas vezes, significa o primeiro contacto com seguradoras e os benefícios que lhe estão associados. No imediato, identificamos a regularização dos sinistros como o factor central para garantirmos a confiança do mercado. A confiança permitir-nos-á desenvolver um verdadeira cultura de seguros. Este é o nosso caminho.

    Que contributo têm dado para uma melhor gestão de risco e participar no desenvolvimento económico e social de Angola? 

    A actividade seguradora é, no âmbito do sistema financeiro, um importante factor de promoção do desenvolvimento económico e social. As seguradoras auxiliam e permitem as pessoas e empresas avaliar, gerir e reduzir os riscos, acção que facilita e incita ao investimento. Será este quem vai criar os empregos e a riqueza para os angolanos. Por outro lado, as seguradoras investem os prémios que recebem dos clientes sejam eles pessoas ou empresas, o que as coloca entre os maiores investidores do mercado financeiro. Este fluxo permite auxiliar o sistema financeiro angolano reduzir a volatilidade do mercado e contribuir para a estabilidade e funcionamento do mesmo. A Universal Seguros, sendo uma seguradora angolana, participa em conjunto, com as demais, neste importante movimento.

    Qual a estratégia definida para que haja maior portfólio nos negócios e também capitalizar os activos, para fazer aumentar o valor para os accionistas? 

    É nosso objectivo continuarmos a crescer de forma sustentada, para mantermos o equilíbrio técnico, aumentar a rentabilidade dos capitais e reforçar o valor da marca. Para alcançar os objectivos traçados é fundamental continuarmos a apresentar novas soluções ao mercado e diversificar a oferta. O controlo rigoroso da sinistralidade é, igualmente, decisivo para o aumento da rentabilidade dos capitais. O futuro desenvolvimento do mercado de capitais permitir-nos-á diversificar o risco dos investimentos. O valor para os accionistas será tanto maior quanto maior for a capacidade de gerir eficazmente os recursos e meios disponíveis.

    A empresa já assegura uma excelente gestão dos recursos financeiros e optimiza a sua rentabilidade? 

    Acreditamos que temos uma política de investimento adequada aos meios disponíveis. Somos uma empresa que gere os investimentos de modo conservadora, essa gestão visa, em primeiro lugar, a defesa dos nossos segurados. Acreditamos que com o desenvolvimento do mercado financeiro e de capitais será possível diversificar o risco e, simultaneamente, melhorar a rentabilidade.

    Em que tipo de seguros se regista maior volume de cobertura? 

    Na ordem automóvel, acidentes de trabalho e doença (seguro de saúde).

    Quanto já se gastou em indemnizações em sinistros? 

    O rácio de sinistralidade que mede a relação entre as indemnizações pagas adicionada das provisões técnicas constituídas e os prémios adquiridos para o ramo não vida é aproximadamente de 40 por cento. Só em 2014 e até Setembro, entre indemnizações pagas e provisões constituídas, temos mais de 1.600 milhões de kwanzas.

    Será que o seguro obrigatório de responsabilidade civil defraudou as expectativas criadas?

    Considerando os últimos desenvolvimentos não posso afirmar que as expectativas foram defraudadas. Importante é garantir que continuem a existir acções que alertem para a importância de possuir o seguro automóvel de responsabilidade civil. Determinante será, igualmente, não terminarem as acções de supervisão por parte da entidades competentes. O seguro é obrigatório e todos os cidadãos e empresas que possuam viaturas motorizadas são obrigados a cumprir o dever cívico que se materializa na aquisição da apólice do seguro de responsabilidade civil automóvel.

    Tem havido muita adesão a este seguro?

    Desde o início da fiscalização efectiva da obrigatoriedade, comercializámos, aproximadamente, 18 mil apólices. Os números alcançados

    são satisfatórios, mas estamos conscientes que uma importante percentagem das viaturas em circulação não estão sob garantia da apólice de responsabilidade civil automóvel. Há muito trabalho de sensibilização e fiscalização por realizar.

    À exemplo das outras seguradoras, também existe uma inibição em garantir o seguro agrícola?

    Não existe qualquer inibição. O que necessitamos é de criar as condições para desenvolver a oferta. O seguro de colheitas, por regra, determina a repartição dos risco por três entidades; seguradora, Estado e agricultor. O nosso país tem um forte potencial agrícola. É nossa missão em conjunto com as diversas entidades responsáveis desenvolver as iniciativas para concretizar o surgimento do seguro de colheitas em Angola. A Universal Seguros está disponível para participar, logo

    que criadas as condições e definidos os meios.

    Qual o volume de prémios que alcança anualmente?

    Esperamos no final de 2014 aproximarmo-nos dos seis mil milhões de kwanzas.

    Não acha que a Universal Seguros ainda precisa de ter uma quota de mercado mais expressiva?

    No dia 01 de Outubro de 2014 festejámos o nosso terceiro aniversário. Consideramos que a receita alcançada neste período é satisfatória, mas temos naturalmente a ambição de continuar a crescer.

    Quais são os maiores clientes da Universal Seguros?

    Somos parceiros de algumas das maiores empresas angolanas. Continuaremos a fazer tudo para adicionar clientes à nossa carteira. Para continuarmos a crescer sabemos que necessitamos manter um elevado padrão de serviço e uma aposta continuada na inovação. Este é o nosso compromisso.

    Quantas agências têm implantadas?

    O nosso modelo de expansão não passa em exclusivo pela abertura de agências. Alcançaremos uma capilaridade crescente, apostando numa lógica de distribuição multicanal. Estamos presentes em bancos, correctores e agentes, mas também abordagens inovadoras no sector, como sejam, lojas móveis, mediadores exclusivos, canal telefónico e internet. Neste momento, dispomos de duas agências próprias e dois pontos de venda explorados por mediadores exclusivos. Até ao final do ano, abriremos representações no Lobito, Benguela e muito provavelmente no Lubango.

    De que forma têm assegurado a formação permanente a dos trabalhadores?

    A formação é aposta da Uni

    versal Seguros deste o primeiro dia. Dispomos de um programa de formação permanente que visa adicionar competências desde as áreas técnicas e de suporte às aptidões de atendimento e venda. Estendemos as acções de formação aos nossos parceiros. Está em curso um programa de formação bianual no qual estão envolvidos todos os nossos colaboradores. Serão no total mais de 500 horas de formação em sala.

    Onde é que eles se têm formado ou capacitado?

    Em Angola e, sempre que considerado adequado, em Portugal sob responsabilidade e orientação da companhia de seguros “Fidelidade”.

    Que tipo de instituições internacionais a Universal Seguros mantém relacionamento?

    Temos um relacionamento de grande proximidade com alguns dos maiores resseguradores, e, sempre que necessário recorremos as empresas especializadas no nosso grupo segurador. Estamos, igualmente, associados a algumas redes internacionais de seguradoras que aportam conhecimento e competência.

    UM VISIONÁRIO OPTIMISTA

    Nome: Armando Jorge Aleixo Ferreira Mota

    Naturalidade: Luanda

    Nacionalidade: Angolana

    Idade: 44

    Formação académica: licenciatura em Gestão de Empresas

    Carreira profissional em seguros: anexo CV

    Sonho: ver a minha família feliz e realizada

    Musica: Jazz

    Hobby: leitura e pesca

    Desporto: basquetebol

    Traços de personalidade: Sou um homem que preza muito a família e de gostos simples. Respeito, igualdade, honestidade e integridade são valores que não dispenso. Aprecio viajar e tomar contacto com outras culturas e saberes.

    Iniciei a minha actividade no sector segurador em 1996 no actual Grupo Fidelidade. Nesta casa tive oportunidade de aprender e crescer como profissional. Em 2010 surgiu a oportunidade de integrar o projecto da Universal Seguros, seguradora cujo accionista de referência é a Companhia de Seguros Fidelidade. Projecto a que aderi na primeira hora. Sendo angolano sempre senti vontade de regressar. Foi uma combinação feliz.

    Que Angola gostaria de ter no futuro: uma Angola que encha de orgulho todos os angolanos. (jornaldeeconomia.ao)

    Por: André Sibi

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