Pelo menos 55 mil pessoas foram perseguidas judicialmente, na Argélia, por questões ligadas ao terrorismo, desde o inicio dos anos 90, explicou nesta segunda-feira aos senadores, o ministro da Justiça, Tayeb Louh.
Trata-se dos primeiros dados globais comunicados pelas autoridades referentes às perseguições por terrorismo desde o fim da década negra ao inicio dos anos 2000, afirmou o governante argelino, que também revelou que em 2014, o Ministério que dirige criou uma base de dados centralizados para os indivíduos perseguidos por crime de terrorismo.
O número engloba pessoas que ainda não foram julgadas, que foram condenadas à revelia ou não, ou ainda que foram amnistiadas no quadro da política de reconciliação nacional, instituída pelo Presidente Abdelaziz Bouteflika.
O ministro argelino da Justiça que não pode fornecer detalhadamente dados sobre os diferentes casos, revelou que algumas das pessoas acima referidas foram mortas pelos serviços de Segurança e a Justiça argelina pronunciou centenas de penas capitais.
Salientou ainda o facto de desde 1993 não se ter executado qualquer condenado.
A guerra civil Argélia iniciou no princípio de 1992, depois da decisão das autoridades de anular as eleições legislativas, depois da vitória, na primeira volta de 1991, da Frente islâmica de salvação, dissolvidas pouco depois
Dados oficiais indicam que o conflito causou 200 mortos, e mais de 15 mil islamistas depuseram as armas, em 1999. (Angop)