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    Angola estreia-se em estudo internacional sobre responsabilidade social corporativa

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    Angola figura pela primeira vez no estudo ‘Responsabilidade Social Corporativa’, elaborado pela consultora KPMG, juntando-se ao Brasil e Portugal como únicos países lusófonos considerados no relatório.

    No documento, de 82 páginas e a que a agência Lusa teve acesso, salienta-se que metade das 100 maiores empresas com operações em Angola – nacionais e estrangeiras – produz relatórios de responsabilidade social corporativa.

    “As empresas com operações em Angola estão a aderir aos padrões internacionais mais elevados nos seus relatórios sobre responsabilidade social a nível corporativo”, considera-se no estudo denominado ‘International Survey of Corporate Responsibility Reporting’ de 2013.

    O estudo, que analisou as 100 maiores empresas a operarem em cada um dos 41 países considerados, está dividido em duas partes e analisou também em detalhe os relatórios das 250 maiores empresas mundiais, de acordo com o ‘ranking’ da Fortune 500.

    De entre as empresas internacionais com operações em Angola e que produzem relatórios de responsabilidade social corporativo mais de 80% fazem-no seguindo os parâmetros do Global Reporting Innitiative (GRI), considerados como o padrão mais exigente a nível mundial e aquele que tem maior reconhecimento internacionalmente.

    “As empresas internacionais a operar em Angola estão no bom caminho, uma vez que já incluem a realidade de Angola no relato corporativo e tendem a aderir ao GRI como guia de relato, o que é muito positivo, sendo o referencial mais utilizado e reconhecido a nível internacional”, salienta numa nota da KPMG a gestora de Sustentabilidade da consultora em Portugal e Angola, Filipa Rodrigues.

    Todavia, as empresas com operações em Angola “ainda têm um caminho a percorrer no que diz respeito ao relato das práticas de responsabilidade social corporativa. Comparativamente com alguns outros países Africanos, Angola encontra-se numa situação menos madura no que respeita ao enquadramento regulatório nestas matérias”, sustentou Filipa Rodrigues.

    O estudo da KPMG considera que os investidores direcionam “cada vez” mais a sua atenção para as empresas que produzem relatórios de responsabilidade social corporativa e que neles identificam eventuais ameaças ambientais e sociais ao seu negócio, apontando soluções para estes problemas.

    Segundo o relatório, sectores de actividade expostos a riscos ambientais elevados na sua cadeia de fornecimento são dos que menos reportam sobre este assunto.

    “Entre estes sectores, a indústria petrolífera, com grande peso em Angola, é das que menos aborda o tema nos seus relatórios de responsabilidade social corporativa”, refere a consultora.

    Quanto a Portugal, o número de empresas que apresentam os relatórios de responsabilidade social tem sido crescente, passando das 52 em 2008, para 59 em 2011 e fixando-se nas 71 no relatório agora divulgado.

    No caso do Brasil, verificou-se uma estagnação, com o mesmo número de empresas de 2008 e agora: 78, depois da subida para 88 empresas no relatório de 2011. (sol.sapo.pt)

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