O Presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, disse que o “ambiente político no País é de incertezas, sobretudo, em relação ao futuro dos angolanos”.
Por: Agostinho Paulo
O político que lidera a única Coligação de partidos políticos angolanos, por sinal, a terceira força política em Angola, fez estas declarações no início dessa semana durante a abertura do ano político daquela coligação eleitoral.
Sob o lema: “Unidos na diversidade, rumo a alternância política”, a Convergência Ampla de Salvação de Angola- Coligação Eleitoral (CASA-CE), procedeu a renovação do pacto para a nova participação em coligação, nas próximas eleições gerais, pelos cinco líderes dos partidos coligados.
Durante a leitura do discurso de abertura, Manuel Fernandes, assegurou que o acto, traduz a firmeza e solidez da coligação eleitoral e, cai por terra, a profecia de exclusão prematura da CASA-CE.
“Para os profetas que sonhavam e almejavam à todo custo a desgraça da nossa coligação, a eles, os nossos sentidos pêsames”, lamentou.
Manuel Fernandes, exortou os dirigentes, líderes juvenis, membros e simpatizantes da CASA-CE, mais rigor, dedicação, criatividade e, elevado sentido de responsabilidade para convencer os angolanos no próximo pleito eleitoral.
“Para 2022, a prossecução dos nossos objectivos exige, a cada um de nós, competência para salvar Angola e os angolanos”, alertou.
“Orçamento Geral do ano corrente, não prevê aumento salarial”
Atento aos números, Manuel Fernandes, explicou que as promessas de João Lourenço, quanto o aumento do salário mínimo nacional, “caiu em saco roto”.
Economista de profissão, o Presidente da CASA-CE, explicou que estas falsas promessas deixa-o confuso, visto que João Lourenço não fê-las, nas vestes de Presidente da República, mas sim, na abertura do ano político do seu partido.
“Em conferência de imprensa, realizada à cinco órgãos de comunicação social do País, terá deixado claro que o aumento do salário mínimo, pressuponha aumento de despesas e, que tal possibilidade, resultaria de um estudo profundo”, recordou o político, para depois se questionar: “será que este estudo, foi feito em tão pouco tempo”?
Na visão do Presidente da CASA-CE, o País, regista um clima de tensão entre os actores políticos, muito por culpa do discurso musculado e pouco prudente do próprio Presidente da República, João Lourenço à porta de mais um pleito eleitoral.
O político, assegurou que esta postura é, “negativa e reprovável, porquanto põe em causa a estabilidade política, condiciona a ordem e a tranquilidade publica”.
“Estes discursos, ressuscitam os fantasmas do passado da guerra, inibe a participação dos cidadãos no exercício das liberdades, factores que bloqueiam o curso normal do progresso democrático no País”, garantiu.
Entretanto, a abertura do ano político da Coligação Eleitoral, contou com a presença dos líderes dos partidos, PDP-ANA – Abreu Bernardo, PPA – Felé António, PADD-AP – Alexandre Sebastião André, PNSA – Sikonda Lulendo e PALMA – Manuel Fernandes.
Vale recordar que Manuel Fernandes assumiu os destinos da CASA-CE, no dia 12 de Fevereiro de 2021, substituindo do cargo o almirante André Mendes de Carvalho “Miau”.