A polícia da África do Sul, SAPS, na abreviatura em inglês, deteve no sábado, 7, à noite Esmael Malude Ramos Nangy, apontado pelas autoridades moçambicanas como o líder de um grupo que rapta, principalmente, empresários e depois pede resgate pela libertação deles.
Em nota, a SAPS revelou que “com base num mandado de prisão e num pedido de extradição do Governo de Moçambique”, uma equipa multidisciplinar liderada por membros da Célula de Planeamento Trilateral (TPC) e da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) “invadiu uma propriedade de luxo em Centurion, onde deteve o alegado líder, procurado por casos de rapto em que pedidos de resgate foram feitos em Moçambique”.
A polícia apreendeu na sua posse uma arma de fogo 9mm licenciada, 14 munições de 9mm, cinco telemóveis, vários cartões bancários de bancos sul-africanos, bem como vários cartões SIM de Moçambique e da África do Sul na casa dele num condomínio de luxo, localizado entre Pretória, e Midrand, na província de Gauteng,
Nangy será apresentado na segunda-feira à justiça para legalização da prisão e provável
Início do processo de extradição para Moçambique.
Os raptos foram considerados pela Procuradora-Geral de Moçambique, Beatriz Bucceli, no seu informe anual em 2022, o principal problema da justiça de Moçambique.
Na semana passada, a ministra do Interior, Arsénia Massingue, indicou que o país registou, entre Janeiro e Novembro, 11 raptos e 27 detenções ligadas aos crimes.