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    Abel Chivukuvuku vê “mão” do MPLA no eventual chumbo ao seu projecto político e deixa avisos

    O Tribunal Constitucional (TC) de Angola chumbou o recurso interposto para a legalização do projeto político, Partido do Renascimento Angolano – Juntos por Angola (PRA-JA) – Servir Angola, liderado por Abel Chivukuvuku, segundo disse à televisão pública TPA, o director do Gabinete dos Partidos Políticos daquele órgão, Juvenis Paulo.

    Em entrevista à VOA, nesta quinta-feira, 23, Abel Chivukuvuku diz não ter sido informado da referida decisão e que, segundo soube, não houve qualquer deliberação.

    Ele vê a “mão” do MPLA na notícia e não refuta, por agora, integrar uma eventual lista da UNITA nas eleições de 2022.

    “O Tribunal Constitucional comunicou-nos que a nível do tribunal não existe nenhuma deliberação, uma vez que, o próprio plenário ainda não se reuniu”, assegura Chivukuvuku, lembrando que o TC não notifica as partes pela televisão.

    “Desta vez ouvimos pela TPA, na voz de um funcionário Júnior, contactámos a secretaria judicial do tribunal e disseram-nos que não existe nada”, sublinha.

    A mão do MPLA

    Entretanto, acrescenta ter sido informado que “poderá haver uma reunião do plenário hoje, mas o que me custa acreditar é como o MPLA esvazia as instituições”.

    “Um dia dormimos e acordamos porque já estamos numa ditadura”, adverte Abel Chivukuvuku.

    Questionado se o MPLA o persegue e por quê, responde sem rodeios: “medo e fraqueza, é só isso”.

    Em relação à posição que pode vir a tomar caso o chumbo do seu projeto político for confirmado, Chivukuvuku afirma estar claro que é uma decisão tomada pelo MPLA.

    “Houve uma reunião do secretariado do BP do MPLA em que foi dada esta orientação. Agora o importante é combater esta práticas com ativismo e outras formas”, sustenta.

    Regresso à UNITA

    Uma corrente dentro da UNITA, principal partido da oposição, tem defendido o regresso à organização, na qual Abel Chivukuvuku fez-se militar, sustentado a patente de Brigadeiro.

    Questionado se poderá aceitar ser candidato a vice-presidente nas eleições gerais na lista da UNITA, Chivukuvuku afirma que a prioridade actual é a legalização do projecto político PRA-JA, “mas eu nunca fecho nenhuma porta, se a porta estiver fechada temos a janela se a janela estiver fechada temos o teto”.

    Seguidores e MPLA

    Entretanto, hoje, mais de duas dezenas de apoiantes de Abel Chivukuvuku saíram hoje as ruas de Luanda para protestar contra a eventual rejeição da legalização do partido.

    Recorde-se que, recentemente, o MPLA, através do seu porta-voz Albino Carlos, negou qualquer envolvimento do partido em decisões das instituições judiciais porque, segundo o ele, o partido “trabalha no sentido de criar as condições para que as instituições de justiça trabalhem sem interferências políticas”.

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