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    04 de Abril: Angola comemorou o Dia da Paz com ausência da UNITA no ‘almoço da paz’

    O país comemorou ontem o dia da paz, data em que os angolanos lembram a assinatura dos acordos de paz entre o Governo e a UNITA, em 2002, e que permitiu o fim de décadas de conflito armado.

    Este ano o dia da paz foi celebrado em meio a pandemia e serviu para reflectir sobre o processo de reconciliação nacional e o fortalecimento da democracia no país.

    Entretanto, as figuras do partido UNITA, convidadas para o almoço convocado pelo Presidente da República, João Lourenço, decidiram não participar do referido almoço.

    As motivações da ausência dos convidados afectos a UNITA, de acordo com fontes internas do ‘Galo Negro’, deve-se ao facto do seu presidente, Adalberto Costa Júnior e o general Lukamba Gato, um dos percursores do Memorando de Entendimento do Luena, não terem sido convidados ao referido almoço.

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    2 COMENTÁRIOS

    1. O ACORDAR DAS POMBAS (uma reflexão contínua)
      O dia começou com um filme “a luta pela justiça”, bom elenco, Jamie Fox sempre no seu melhor e a paz realmente tocou o meu coração, afinal é hoje o nosso dia. Se voltarmos nas histórias de todos os países no mundo, cada um tem uma data de grande reflexão e orgulho, porém o que salta à vista é que nós angolanos, temos estado a perder o respeito e simbolismo dessas datas, se algum dia o fizeram por amor à pátria, hoje o fazem por oportunismo e sempre pela forma errada.

      Falar da Paz em Angola é falar de José Eduardo dos Santos e isso automaticamente nos remete também há mais alguns anos atrás, quando alcançamos a Independência, com três partidos históricos em realce, Angola era vista como mundialmente imparável, mas isso era com o contributo de todos. O que vemos hoje é uma vergonha, jovens cada vez mais imediatistas, o sentido patriótico é confundido com as queimas de pneus nas ruas, porque afinal dizem que estão a fazer sentir o seu direito à reunião e manifestação, quando por de trás recebem o seu cachê, pela maior arruaça.

      Desde Agostinho Neto, José Eduardo dos Santos e agora João Lourenço, houve uma constante metamorfose, isso me orgulha, é uma Angola sobre três visões diferentes e a cada uma delas com desafios arduamente visíveis, entre a independência, a paz e agora a luta contra a corrupção é motivo suficiente para tirar o chapéu a esses três homens, Angola é um desafio constante e a certeza de que sempre estaremos aqui livres para celebrar o dia de hoje, afinal é uma coisa é ter e outra é manter, a paz reina em Angola, ao contrário de alguns outros países em África e isso deveria motivo de orgulho contante.
      Nos dias que se seguem os obstáculos são maiores, vivemos agira a era da tecnologia, a era das elites computacionais, a era em que tudo parece mais próximo, a internet fez questão de assegurar isso, porém mais próximos e menos esclarecidos, andamos com as cabeças baixas e tudo o que vemos e acreditamos é o que uma tela nos mostra, nos tornamos cada vez mais, escravos do ocidente e de seus caprichos, o que era para nos tornar mais esclarecidos, nos tornou fracos de espírito, abandonamos o país e juntamos contra ele, tudo o que se vê hoje é deplorável, Angola tem uma realidade específica e incomparável, mas ainda assim o que nota é a nossa predisposição em torna-la mais uma réplica, os jovens não têm sido o que sempre se esperou de deles, O FUTURO DE HOJE”, mas de todas as eras, a do “egoísmo” é ainda maior, gritamos pelo respeito e cumprimento pelos direitos fundamentais, mas não respeitamos, atacamos, quem mostre um aposição diferente, que se mostrar do lado do executivo, é morto de pedras (relembrando a era de Cristo), porque o que bate agora é mesmo ser do contra, incrível, há sempre uma moda para tudo, quando essa terminar qual será? Já não ouvimos para entender, nos limitamos a responder (atacar).
      Não deveriam ser as cores partidárias as nossas inspirações, mas sim as cores da bandeira e seus símbolos, é a vontade imensurável de bater no peito e defender Angola contra tudo e contra todos, é ao colocar os joelhos no chão e clamar a Deus mais força e clarividência dos nossos governantes, é admitir que a nossa casa não é perfeita, mas é nossa, isso não aprendem com o ocidente também porquê? Já que somos tão bons a imitar? Porque não usar a força deles patriótica e fazermos uma reflexão daquilo que estamos a dar ao nosso país? Reclama-se por direitos, reclama-se por tudo, inclusive o inimaginável, porque não cobramos de nós também os nossos deveres? Quando nos lembraremos que a estabilidade, que as pombas só têm uma cor? … e esse branco é de todos nós.

      Hoje não deveria somente ser uma data de comemoração, mas também de reflexão, Angola precisa de nós, quem nos governa idem, porque não ajudar sem estragar? Porque não lutar contra a nossa vontade extrema pelo caminho fácil? Porque não traçar planos, metas, desafios, para tornar Angola maior e melhor? É bíblico, não se vive lamentando, vamos botar a mão na massa, que sairão dela massas folhadas.

      VIVA ANGOLA, VIVA A PAZ!

      Cândida Wangari

    2. NA MINHA UNITA VS FALTA VISÃO, SENTIDO DE ESTADO E DEPENDÊNCIA

      Até da FNLA por via de LUCAS NGONDA e NGOLA KABANGO nos deram uma lição. Os dois estavam com o Presidente João Lourenço no almoço dos nacionalistas como um grande exemplo de civismo. Fixem bem. Almoço com os nacionalistas e não essencialmente com os protagonistas do 4 de Abril. O Presidente João Lourençoconvidou alguns nacionalistas para com ele almoçarem e por respeito as restrições por causa da Covid-19 limitou-se a um número de convidados. Até porque, o Presidente é quem sabe quem convidar em sua casa. Chamar *Samuel Chiwale, Isaias Samakuva e Miraldina Jamba, foi um acto distinto do Presidente da República. É pena que na Unita não houve compreensão sobre a natureza do convite para o respectivo acto. O que me deixou triste na verdade, foi ver a atitude dos dirigentes do meu partido, no desdobramento em reuniões para inviabilizar à ida dos convidados porque Adalberto não foi convidado. Que vergonha!Até quando a Unita continuará dependente da vontade dos seus líderes? A Unita já dependeu do velho Jaguar a quem assistiu a cometer inúmeros erros. Agora tem de voltar a depender de Adalberto ? Deste modo, o partido perdeu mais um momento de diálogo com o Presidente da República em nome da reconciliação nacional que, se poderia fazer por via dos convidados. A não ser que não são pessoas idôneas e confiáveis para Adalberto. Só pode ser. A UNITA não pode continuar a resumir-se em Adalberto. Reparem que até figuras como o Nandó Presidente da Assembleia Nacional, Pedro Sebastião da Casa de Segurança, França Van-dunén e outros não foram convidados. E porque teria de se convidar o Adalberto necessáriamente? Talvez o mano Gato sim. A Tristeza maior é o papel do mais velho Ernesto Mulato que deveria aconselhar o Adalberto que os convidados fossem, mas fez justamente o contrário. Recebeu ordens dos Marimbandos que combatem o Presidente João Lourenço para transmitir à Adalberto que não deixasse que os seus dependentes fossem honrar o convite.Temos de ver o papel do velho Mulato. Assim o tiro nos saiu pela culatra. O almoço do PR da República foi exitoso.Com esse tipo de atitudes qualquer dia o povo perceberá que a Unita não faz grande falta para o país. A UNITA deve rever-se com urgência. Viramos um partido de comunicados e conferências de imprensas enganosas. Sim, estamos a nos enganar nós mesmos. Porque o que transmitimos nas conferências e comunicados é uma coisa ,e a que, abordamos internamente e é verdadeiro são outras coisas. Estamos sempre a acusar o MPLA e o Serviços de Segurança de coisas que sabemos que são mesmo problemas nossos.Ouvem o áudio que o Nelito Ekuikui colocou a circular no grupo do Plano Estratégico em que fala dos maninhos que se pronunciaram nos últimos temos contra o Presidente Adalberto. Reconhece a verdade, mas insinua que há colegas que querem Presidir a Unita. Na verdade, ela sabe que faz parte dos problemas e não das soluções.
      Reconheçamos as nossas fraquezas. Mas, a propósito do almoço uma certeza eu tenho.Se o Presidente convidasse o Lukamba Gato, este sim não teria o medo que julgo deve ter sentido o Samakuva. Gato iria ao almoço. Vamos repensar a Unita.

      Por Matondo Fino.

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