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    Autoridades de Jordânia efectuam prisões e países vizinhos apoiam Abdallah II

    As autoridades jordanianas efectuaram uma série de prisões, relacionadas com uma alegada conspiração para derrubar o rei Abdallah II. O príncipe Hamzah, irmão do rei Abdallah, foi colocado sob prisão domiciliária. A escalada da tensão no seio da monarquia jordaniana, ocorre numa altura em que o país enfrenta graves dificuldades económicas. Estados vizinhos da Jordânia expressaram o seu apoio ao reino haxemita.

    Num vídeo, posto a circular nas redes sociais, o príncipe Hamzah bin Hussein, irmão mais novo do rei Abdallah II, informou que tinha sido colocado sob prisão domiciliária, no âmbito da série de detenções levadas a cabo pelas autoridades jordanianas.

    O ex-herdeiro da coroa haxemita, agora com 41 anos, refutou as acusações segundo as quais ele e os outros indivíduos detidos, estão implicados numa alegada conspiração, para derrubar o seu irmão.

    Hamza bin Hussein, critica não obstante a corrupção, o nepotismo e a má governação, que têm prevalecido na Jordânia, nos últimos 15 a 20 anos.

    A rainha Noor, mãe de Hamza bin Hussein, recorreu igualmente as redes sociais para desmentir o envolvimento do seu filho em qualquer tentativa para afastar o rei Abdallah II ou desestabilizar a monarquia jordaniana, assim como afirmou que a justiça deve prevalecer.

    Segundo o chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas jordanianas, o major-general, Yousef Huneiti, o príncipe Hamza não está preso, mas sublinhou que o mesmo foi convidado a pôr um termo as actividades, que possam afectar a estabilidade e a segurança da Jordânia.

    Educado no Reino Unido e nos Estados Unidos, o príncipe Hamzah era muito jovem quando faleceu prematuramente em Fevereiro de 1999, o seu pai, rei Hussein. O seu irmão mais velho, de 18 anos, e filho da princesa Muna, Abdallah, acedeu por conseguinte ao trono haxemita.

    No seu último desejo, antes de morrer, o rei Hussein pediu que fosse dado ao príncipe Hamzah bin Hussein, o estatuto de herdeiro da coroa.

    Todavia, cinco anos depois, em 2004, o rei Abdallah II, retirou Hamzah da sucessão ao trono a favor do seu filho, Hussein. Este último foi confirmado, em 2009, como sucessor ao trono, em linha directa.

    Analistas locais, consideram que a linhagem real de Hamzah, o colocou ao abrigo da prisão.

    Entre as pessoas detidas pelas autoridades jordanianas, está Bassem Awadallah, antigo assessor do rei Abdallah II.

    O serviço de comunicação da monarquia haxemita, informou que detalhes sobre as razões que levaram a detenção de várias pessoas serão divulgados posteriormente.

    O diário norte-americano, Washington Post, noticiou que estava em curso uma conspiração para destituir o rei Abdallah II.

    Preocupados com um eventual movimento que mergulhasse a Jordânia na instabilidade, vários Estados do Médio-Oriente expressaram o seu apoio ao actual monarca. Entre os países estão a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e Israel.

    De acordo com o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, a Jordânia é um aliado estratégico com o qual o seu país tem relações pacíficas.

    A Liga Árabe, bem como o Conselho de Cooperação do Golfo, consideraram que esforços devem ser envidados para manter a estabilidade na Jordânia.

    Os Estados Unidos, por intermédio do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, afirmaram que acompanhavam de perto a situação na Jordânia.

    Um dos países do Médio-Oriente, com menos recursos, a Jordânia beneficia da ajuda de alguns dos seus vizinhos, assim como dos Estados Unidos da América.

    A crise sanitária que desembocou numa pandemia, fez com que as dificuldades económicas do reino haxemita se agravassem.

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    FonteRFI

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