As vendedoras do mercado do peixe “Avó Mabunda” resistem ao processo de transferência para o novo espaço comercial, num processo iniciado, hoje, terça-feira, no âmbito da prevenção da cólera que ameaça aquela parte do litoral do distrito da Samba, município de Luanda.
O processo de transferência abrange igualmente as embarcações de pesca industriais, para o porto pesqueiro.
O ministério da saúde informou recentemente que as águas do mar daquele local encontram-se contaminadas com o vibrião colérico, transmissor da cólera, tendo desaconselhado o consumo do pescado daquela circunscrição.
Face a situação, a comissão administrativa da cidade de Luanda, como medida de prevenção, determinou que a partir de hoje o exercício da actividade comercial do pescado deve ser feita única e exclusiva no interior do mercado, inaugurado no fim do ano passado.
O mercado tem capacidade para albergar os mais de mil trabalhadores que aí exercem a actividade comercial.
De recordar que os vendedoras abandonaram o novo mercado horas depois da sua inauguração.
A presidente da comissão administrativa da cidade de Luanda, Maria Nelumba, disse que em conjunto com o ministério das Pescas, ficou acordado a transferência das embarcações industriais para o porto pesqueiro, onde o produto poderá ser desembarcado em melhores condições.
A responsável explica que a instalação de um de posto de transformação de energia eléctrica para possibilitar a entrada em funcionamento da fábrica de gelo, a limpeza com as empresas afins são outras das medidas em curso para a organização do mercado pesqueiro.
O mercado pesqueiro é composto por duas naves para a venda a retalho de peixe fresco, seco e hortícolas.
Tem compartimentos para a arrecadação de artefactos de pescas de apoio aos pescadores, dois contentores frigoríficos para a conservação do pescado, equipamentos para o tratamento das águas residuais, para o uso doméstico e para fazer gelo, entre outras condições. (Angop)