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    UNITA sugere adiamento das eleições

    O maior partido da oposição angolana sugeriu ontem o adiamento das eleições gerais por um mês para corrigir as irregularidades e permitir eleições “livres e justas”.

    “Nós queremos as eleições. Mas se a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) precisa de um par de semanas ou de um mês para organizar devidamente as coisas, nós preferimos essa opção”, afirmou Alcides Sakala, em entrevista à agência Reuters. E explicou:

    “Esperámos durante anos, pelo que outro mês para assegurar que a votação é livre e justa não seria um problema.”
    Por seu lado, Alcides Sakala, porta-voz do partido, referiu a possibilidade de impedir a votação de dia 31. Para já, vai hoje decorrer uma jornada de protesto, com manifestações com início previsto para as 13h00 em Luanda e noutras cidades para contestar “a forma ilegal” como a CNE está a organizar o escrutínio.

    Entre as denúncias, às quais a comissão ainda não respondeu de forma oficial, referiu Sakala, conta-se a queixa de parcialidade na selecção dos membros das mesas de voto, “na sua maioria” escolhidos em listas de comités do MPLA.

    Acresce a isto o atraso “incompreensível” na credenciação de observadores nacionais e estrangeiros.
    Refira-se que foram endereçados convites aos principais partidos portugueses para enviarem observadores. Pessoalmente convidado, Marcelo Rebelo de Sousa recusou “por motivos de agenda”.

    A polícia confirmou, entretanto, o reforço da segurança para evitar confrontos num dia em que decorrerão o protesto da UNITA e manifestações de ex-militares e do novo partido CASA-CE, de Abel Chivukuvuku.

    “Os caluniadores terão a resposta nas urnas”

    O presidente de Angola e do MPLA, José Eduardo dos Santos, respondeu ontem às acusações de irregularidades eleitorais. Num comício no Lubango, no sul do país, assegurou que os eleitores não vão deixar que “os mentirosos, os demagogos e os caluniadores cheguem ao poder”. Ante milhares de apoiantes, condenou as críticas da oposição: “Os que teimam em fomentar agitação e instabilidade e negar o que toda a gente tem diante dos olhos terão a devida resposta nas urnas.” O presidente repetiu ainda promessas de campanha, como a de combater as desigualdades e de fomentar um maior progresso económico e social.

    Fonte: CM/Reuters

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