A União de Negros pela Igualdade (Unegro) afirmou hoje que não vê qualquer tipo de conotação racista na publicidade do azeite português Gallo, que está a ser contestada no Brasil.
«Não entendemos de onde surgiu essa contestação. Do nosso ponto de vista, da nossa entidade, não tivemos nenhum problema com a publicidade, nem achamos que há conotação racista», declarou à Lusa o coordenador de Comunicação da Unegro, Alexandre Braga.
Na frase que gerou polémica, a empresa tenta promover sua nova embalagem em vidro escuro, a afirmar: «Nosso azeite é rico. O vidro escuro é o segurança».
«Já tivemos vários problemas com publicidade de outros produtos e serviços, mas neste caso não vemos racismo, ou sequer referência étnica, porque quando se fala em escuro, refere-se ao tom de cor, não à etnia», completou Braga.
A propaganda foi concebida pela empresa de publicidade AlmapBBDO, que informou que não comentará a questão até que o caso seja julgado pelo Conar.
O Conar é uma organização não-governamental criada e mantida pelas próprias agências publicitárias do Brasil.
A contestação às peças publicitárias pode ser feita por consumidores, concorrentes ou autoridades públicas que se sentirem ofendidas ou lesadas.
Como o caso corre sob sigilo, não se sabe quem foi o responsável pela reclamação.
A contestação será avaliada pelo Conselho de Ética do órgão. A data do julgamento ainda não foi divulgada.
Fonte: Lusa/SOL