Sábado, 30, foi um período de muita emoção para a família, amigos e colegas que presenciaram o funeral de Elsa da Costa Inês, a agente da Polícia Nacional que perdeu a vida 15 dias depois de ter sofrido uma violenta agressão perpetrada pelo ex-companheiro, até hoje foragido, também agente da corporação.
Uma homenagem foi feita a Elsa da Costa Inês, na qualidade de cadete do Instituto Superior de Ciências e Policiais e Criminais Osvaldo Serra Van-Dúnem, de onde partiu o cortejo fúnebre para o Cemitério do Benfica, a poucos quilómetros do instituto onde a malograda esteve a fazer último ano da formação superior.
A homenagem, em cujo período vigorou um silêncio total, começou às 9h00 e durou cerca de uma hora, tendo sido presenciada pelo comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Paulo de Almeida, que se deslocou ao local com o propósito de apresentar condolências à família da agente de primeira classe, que deixa duas filhas, uma de sete anos e outra de cinco.
Já no Cemitério do Benfica, foram lidas quatro mensagens de falecimento e pêsames, sendo uma do grupo de mulheres polícias que fizeram a recruta com Elsa da Costa Inês, em 2007, uma dos vizinhos da malograda, na Cidade do Kilamba, uma do Instituto Superior de
Ciências Policiais e Criminais e uma do comandante provincial de Luanda da Polícia, comissário-chefe Eduardo Fernando Cerqueira.
Na mensagem, lida por um responsável da área de Educação Moral e Cívica do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, o co-mandante Eduardo Cerqueira lamenta a morte de Elsa da Costa Inês e destaca a sua enorme capacidade no cumprimento do dever.
No documento pode ler-se que Elsa da Costa Inês sempre apostou na formação e foi uma agente ponderada no exercício das suas funções, que eram concretizadas com grande proficiência.
A agressão que esteve na origem da morte da agente ocorreu depois de o ex-marido ter entrado, por volta das três horas da madrugada de uma quarta-feira, pela lavandaria do apartamento onde a vítima vivia depois da separação, localizado no segundo andar de um edifício da Cidade do Kilamba.
O casal estava separado há um ano, mas o ex-companheiro nunca se conformou com o fim da relação e fazia ameaças de morte a Elsa da Costa Inês, que, no dia da agressão, foi esfaqueada várias vezes e recebido golpes na cabeça, que lhe provocou traumatismo craniano encefálico, a causa da morte, ocorrida no Hospital Militar Principal, em Luanda.
O ex-companheiro, a quem a Polícia Nacional pede para se entregar voluntariamente, levou à moradia onde vivia a ex-mulher uma faca, chave francesa e fita-cola, objectos encontrados no local do crime. Elsa da Costa Inês nasceu a 8 de Outubro de 1985, na província do Cuanza-Norte.