Em Kirikhan, a cidade do sul da Turquia mais afetada pelo sismo de 6 de fevereiro, uma equipa belga instalou um hospital de campanha foi instalado ao lado do hospital local.
Os profissionais de saúde vieram de longe para ajudar a tratar doentes após o encerramento de muitas enfermarias.
Contam com uma sala de urgências completa com raio-X, um laboratório e uma farmácia e conseguem atender mais de cem doentes por dia.
“Hoje recebemos pessoas que chegaram com fraturas das aldeias mais altas. Tiveram de encontrar um transporte, provavelmente porque estão a dormir num carro”, sublinhou Ben, enfermeiro no terreno.
A escala do desastre foi de tal ordem que para muitos dos feridos no terremoto esta é a primeira vez que recebem cuidados médicos. Dá-se atenção redobrada ao cuidado das crianças.
“Esta manhã vimos muitas crianças que chegam dos acampamentos, dos campos de refugiados. Essas crianças passaram por muito. Por isso, tentamos tornar as coisas o mais divertidas possível para eles num ambiente como este”, acrescentou Els Duval, médica pediatra.
Logisticamente, foi um grande desafio. Todas as instalações, como a estação de tratamento de água, foram concluídas a tempo.
“A purificação da água é necessária aqui porque estamos numa zona de um sismo. Muitas canalizações estão danificadas e por isso a pureza da água na rede não pode ser assegurada”, explicou Bastiaan Ruys, gestor de logística.
Em princípio, a equipa belga ficará por aqui durante duas semanas, dormindo em tendas ao lado do hospital de campanha. O objetivo, dizem, é “trazer esperança e felicidade.”
