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    Trump admite “opção militar” na Venezuela

    O Presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu uma “possível opção militar” na Venezuela, país que atravessa uma grave crise política sob a alçada do governo do Presidente Nicolas Maduro.

    “Temos várias opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar, se necessário”, afirmou o chefe de Estado norte-americano, sem precisar mais detalhes.

    “A Venezuela não é longe e há pessoas que sofrem e pessoas que morrem”, acrescentou.

    Estas declarações têm lugar depois de Maduro anunciar que pretende “conversar pessoalmente” com o homólogo norte-americano, Donald Trump.

    “Tome medidas de modo a que eu possa ter uma conversa pessoal com Donald Trump”, afirmou Nicolás Maduro, dirigindo-se ao recém-nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, durante um discurso proferido perante a Assembleia Constituinte.

    “Acredito na diplomacia”, afirmou, indicando que o diálogo pode ser mantido ao telefone ou pessoalmente, em Nova Iorque, por ocasião da Assembleia-Geral da ONU, marcada para 20 de setembro. Mas o Presidente venezuelano advertiu o homólogo norte-americano que Caracas tem “as armas na mão” no caso de um eventual ataque. “A Venezuela nunca se renderá”, afirmou Maduro, sublinhando que o “império americano” deve saber disso.

    Estas declarações chegaram dias depois de Washington ter aplicado sanções económicas e migratórias sem precedentes contra duas dezenas de membros do Governo venezuelano, incluindo Maduro, que classificou de “ditador”, em resposta à eleição da Assembleia Constituinte em clima de violência.

    Maduro renovou as críticas às sanções, afirmando não terem “base legal”, e instou a presidente da recém-eleita Assembleia Constituinte, Delcy Rodríguez, a “procurar justiça” nos Estados Unidos.

    A Venezuela, que se encontra mergulhada numa grave crise política, é palco desde o início de abril de uma onda de protestos a favor e contra o governo de Maduro, alguns dos quais resvalaram em violentos confrontos, que fizeram pelo menos 125 mortos.

    Os protestos intensificaram-se a partir de 01 de maio quando Maduro convocou a eleição da Assembleia Constituinte, realizada em 30 de julho, a qual foi boicotada pela oposição venezuelana.

    Estados Unidos, União Europeia e uma dezena de países da América Latina também não reconhecem o novo órgão. A convocatória para a eleição foi feita a 1 de maio por Nicolás Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação.

    Maduro submeteu na quinta-feira o seu projeto de Constituição à nova Assembleia Constituinte, composta por 545 membros, todos próximos do governo, durante uma sessão especial do novo órgão presidido por Delcy Rodríguez, anterior ministra dos Negócios Estrangeiros.

    Esse projeto prevê penas de prisão de 15 a 25 anos para quem “exprimir ódio, intolerância e violência por razões culturais, políticas e ideológicas” e reitera a necessidade de se aplicar “justiça severa” e de levantar a imunidade aos deputados e outros funcionários eleitos acusados de incitar a violência durante manifestações. (Observador)

    por Lusa

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