Angop
As negociações para formar um gabinete de transição no Sudão tiveram lugar ontem, entre as Forças de Liberdade e Mudança (FLC) e o Primeiro-ministro Addallah Hamdok, noticiou a prensa latina.
Fontes próximas ao jornal Sudan Tribune disseram que a FLC – que apoiou Hamdok a assumir o cargo – mostrou a sua indignação com essa possibilidade, o que afecta particularmente Madani Abás Madani, negociador durante a primeira fase do processo de transição.
Para formar um gabinete “harmonioso e equilibrado”, o governante pretende incorporar no conselho de ministros uma mulher e um representante da região do Kordofan do Sul, uma região de conflito agora sob um cessar-fogo.
Segundo a fonte, Hamdok aprovou 13 dos 18 ministros propostos, mas a semana passada a proposta da equipa do governo já havia sido adiada na semana passada, quando o primeiro-ministro expressou reservas sobre alguns dos candidatos apresentados nas listas de carteiras ministeriais e considerando que as mulheres estão sub-representadas no futuro caso.
As novas estruturas de poder de transição no Sudão devem ser organizadas após a recente assinatura entre a FLC e o Conselho Militar de Transição (CMT) de um acordo político e a Declaração Constitucional.
Por meio desse acordo, assinado no início de Agosto, o poder é compartilhado entre civis e militares na fase de transição, que será estendida por três anos.
O pacto também estabelece que as carteiras do Ministério do Interior e da Defesa estarão nas mãos do CMT.
Desde 11 de Abril passado, no Sudão, a instabilidade política e social aumentou após a demissão às pressões populares do presidente Omar Hassan al-Bashir, que governou esse estado da África Subsaariana por quase 30 anos.