O conhecimento mínimo entre os cônjuges, a observância dos preceitos bíblicos, bem como a plena convicção dos noivos sobre a sua decisão de se tornarem casados constituem, na visão do sociólogo José Mulusi Abraão, factores imprescindíveis para a longevidade matrimonial. Em declarações à Angop, sobre a “longevidade matrimonial”, o sociólogo realçou que muitos casamentos redundam em fracassos (divórcios) pelo facto dos cônjuges transportarem para o matrimónio insuficiências graves que deveriam ter sido dirimidas na fase de namoro.
Segundo José Abraão, existem várias situações que carecem de reflexão profunda e ponderação por parte de quem se decide casar, entre as quais a motivação, o amor, a compreensão das ideias e crenças do parceiro ou vice-versa, o conhecimento mínimo da pessoa com quem se quer contrair matrimónio e a respectiva família. Informou, entretanto, que o pior de tudo são os casamentos arranjados pelos familiares e os motivados por interesses materiais que, no entender do sociólogo, são mais propensos a terminarem mais cedo em relação aos demais.
“Há um leque de pressupostos que se não forem devidamente ponderados acabam com o casamento prematuramente com a relação matrimonial. Enquanto cristão defendo que a obediência à palavra de Deus, contida na Bíblia Sagrada, é o maior facto de sucesso para que o casamento perdure por muitos anos”, argumentou. Explicou que a sociedade deve reavaliar o conceito que tem sobre o casamento e, concomitantemente, dar-lhe o seu devido valor, uma vez reconhecer que muitos noivos vão para o matrimónio sem qualquer instrução. Por esta razão, acrescentou, as famílias devem exercer um papel suplementar na solidificação dos casamentos de seus filhos, partindo pela fase de namoro.
Fonte: Angop