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    Sindicato ameaça parar EPAL se a empresa não aumentar trabalhadores em 200%

    A Comissão Sindical da Empresa Provincial de Água de Luanda (EPAL) afecta à Central Geral Sindicatos Independentes de Angola CGSILA ameaça com a paralisação da empresa a partir de sexta-feira, 28, se esta não ceder à exigência de aumentos salariais na ordem dos 200 por cento.

    De acordo com o Novo Jornal Online, a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos-Confederação Sindical (UNTA-CS) não participa neste protesto laboral por ter conseguido chegar a um acordo com a EPAL que garante aumentos de 35% a partir do início de 2020, altura em que a empresa admite ter condições reunidas para esse esforço financeiro.

    Segundo a empresa, a crise financeira que atravessa impede assumir mais despesas que aquelas com que tem de lidar actualmente. Os salários médios na EPAL rondam os 120 mil kwanzas

    A EPAL, em comunicado, já fez saber que discorda dos fundamentos da CGSILA para justificar a greve, considerando-a mesmo estar a ser decretada à margem da lei por não responder aos requisitos legais exigidos para a paralisação.

    Uma das exigências legais é que a greve seja decretada por dois terços dos quase 1750 trabalhadores e, segundo a empresa, isso está longe de ter sucedido.

    O caderno reivindicativo enviado à administração da EPAL contém cerca de 35 pontos, onde estão, entre outras, a exigência de aumento do subsídio de alimentação e transporte em de 22 mil para 44 mil kwanzas ou ainda a atribuição de seguro de saúde para os trabalhadores e para o agregado familiar, promoções, subsídio de transportes e a formalização do pagamento do 14º mês.

    Apesar desta greve, que só obteve adesão de uma das duas centrais sindicais, a EPAL garante que, se a greve de 28 deste mês for efectivada, o fornecimento de água à cidade de Luanda.

    Os trabalhadores em greve têm igualmente de, por lei, garantir os serviços mínimos.

    Empresa afogada em dívida gigante do Estado

    Como o NJOnline noticiou há duas semanas, o Estado tem uma dívida de cerca de 36 mil milhões de kwanzas à EPAL, de acordo com o director comercial da empresa.

    Segundo Ângelo Filipe, a dívida acumulada da empresa ascende a 60 mil milhões de kwanzas e, deste valor, “mais de metade é dos organismos do Estado”.

    “Portanto, há aqui um problema muito grave que ainda temos que atravessar, porque se de um lado cobramos, do outro há entidades que não nos pagam”, disse o responsável à Rádio Nacional.

    O director comercial da empresa pública, que anunciou, para breve, uma campanha de corte de água aos clientes devedores, assumiu que a capital ainda tem um défice de aproximadamente 350.000 contadores.

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