O Show do Mês Live destacou, no último sábado, a música dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), no qual estiveram em evidência Manecas Costa, da Guiné-Bissau, Juka, de São Tomé e Príncipe, Carla Moreno, de Cabo-verde, Venâncio Aurson, de Moçambique e os angolanos João Alexandre, Pato, Luís Sebastien, Freddy e Kanu André, os três últimos como intérpretes de temas de outros cantores.
Foi ao som de “Riqueza e Valor” original de Mendes e Mendes, tema que ilustra a amizade entre os falantes da língua portuguesa em África, que a festa da música dos PALOP terminou, com todos intervenientes em palco, liderados pelo jovem Freddy.
A música surgiu no início dos anos 1980 do século passado e marcou uma nova fase da relação dos músicos destes países. O concerto arrancou com João Alexandre, interpretando “Fazendo de Conta”, em representação da bandeira nacional. Em noutras passagens, o músico angolano desfilou os sucessos da Banda Versáteis como “Zuze” e “Casamento”, este último em parceria com Raquel Lisboa.
O angolano Pato, que representou a união entre artistas dos PALOP, recordou sucessos como “Nha Mulata”, “Cely” e “Cabo-Verde e Angola em mim”.
Manecas Costa, músico que tem a sua marca em vários sucessos dos PALOP, foi um dos convidados do painel conduzido por Kizua Gourgel e integrado igualmente pelo moçambicano Caliano. O Dj João Reis, desfilou “Si Busta Diante da Luta”, clássico de José Carlos Schwartz, que fez furou nos PALOP na época das independências. “Chamo-me Menino”, que se deu a conhecer por altura do Top dos Cinco, foi outro tema interpretado pelo guineense.
O santomense Juka recordou as intemporais “Angelina”,” Aló Cherry”, “Nossa Senhora da Ilha” e “Sabina”, com Neide da Luz a soltar-se em dueto.
Estrangeiros que optaram por Angola, Carla Moreno e Venâncio Aurson, tiveram a responsabilidade de exaltar musicalmente Cabo-Verde e Moçambique. A cabo-verdiana passeou pela morna em “Padoce de Ceu Azul”, revisitou “Dialogue”, também conhecida por “Marido Exemplar” de Jacqueline e fechou com “Bida Di Gossi” da época em que Ildo Lobo e Tubarões agitavam os PALOP. Já o produtor e teclista moçambicano reviveu os concidadãos Guilherme Silva e Fernando Luís.
Da prata de casa Kanu André, Freddy e Luis Sebastien foram as apostas da Nova Energia para dar voz a alguns sucessos que marcam esta relação musical entre os PALOP.