A segunda volta das eleições presidenciais na Serra Leoa decorreu hoje sem incidentes, mas com forte presença de militares na maioria das mesas de voto.
A National Election Watch, uma coligação de observadores locais e organizações internacionais, assegurou que não houve incidentes durante o escrutínio, embora alertando para a presença de “forças de segurança armadas nos centros de votação em muitas partes do país”.
Quando se preparava para votar, o candidato da oposição, Julius Maada Bio, que obteve mais votos na primeira volta por uma escassa margem, disse aos jornalistas que se vê como vencedor, prometendo que se chegar ao poder facultará o acesso de todos os cidadãos aos bens públicos.
O candidato do partido no Governo, Samura Kamara, expressou, por sua vez, o seu otimismo “por ser o próximo Presidente se o processo for credível”.
Kamara e Bio não conseguiram na primeira volta, em 07 de março, o mínimo de votos para formar Governo, ao obterem 42,7% e 43,3% dos votos, respetivamente.
Samura Kamara, 66 anos, que foi ex-governador do banco central do país e ex-ministro das Finanças e dos Negócios Estrangeiros, entrou na corrida presidencial a prometer o fim da corrupção e o combate à pobreza.
Com 53 anos, Julius Maada Bio, um antigo ditador que chegou em 1995 ao poder com um golpe de Estado que durou dois meses e meio, prometeu educação pública gratuita para desenvolver os recursos humanos do país.
Cerca de 3,2 milhões de eleitores foram hoje chamados às urnas para escolher o próximo Presidente, que irá suceder a Ernest Bai Koroma, que termina os dois mandatos que são permitidos constitucionalmente.
De acordo com o Banco Mundial, mais de metade da população da Serra Leoa vive com menos de dois dólares (1,6 euros) por dia.
O país foi atingido em 2014 por uma epidemia de ébola que matou quatro mil pessoas. (Notícias ao Minuto)
por Lusa
