A Assembleia-Geral da ONU votou a favor da suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos devido à invasão da Ucrânia e aos alegados crimes cometidos contra civis na cidade de Bucha.
A divisão foi total entre os 193 países que compõem a Assembleia-Geral da ONU sobre a suspensão da Rússia.
Para que a Rússia fosse suspensa, a proposta teria de ser votada favoravelmente por uma maioria de dois terços dos países presentes. Recorde-se que as abstenções não eram contabilizadas, numa votação que contou com 193 membros da Assembleia-Geral.
Dois terços dos votantes
93 países votaram a favor, 24 votaram contra e 58 abstiveram-se.
Quatro dos cinco países da África Lusófona abstiveram-se: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique, enquanto São Tomé e Príncipe não votou.
Quanto aos outros países lusófonos, Portugal e Timor Leste votaram a favor, e o Brasil absteve-se.
Divisão nos países da ONU
Países como Senegal, África do Sul ou ainda o Egipto, querem esperar pelo relatório de uma comissão da ONU sobre os crimes cometidos contra civis na Ucrânia, como por exemplo na cidade de Bucha. Por isso estas nações abstiveram-se na votação.
Bem como o Brasil ou México, entre outras nações, porque querem que a comissão da ONU possa trabalhar em boas condições na Ucrânia para ter um relatório independente.
Quanto à China votou contra afirmando que esta decisão poderia criar um precedente na Assembleia-Geral da ONU. O representante chinês admitiu que a soberania de cada país tem de ser respeitada, mas quanto a acusações deste tipo, como crimes de guerra, deve haver mais cautela.
Apesar destas divisões, a Rússia foi suspensa do Conselho de Direitos Humanos da ONU. É o segundo país a ser suspenso visto que a Líbia já passou por essa situação em 2011.
