Boa parte dos angolanos já conhece o que a Rukka Kayaks Angola produz para os Desportos náuticos. É uma das empresas nacionais que luta para ver os seus produtos valorizados e estimulados pela procura no mercado, através de uma incessante corrida nos bastidores institucionais, para conseguir aberturas, que dêem margem à expansão do projecto de construção local de suportes para os desportos náuticos e já agora, na construção de embarcações para a pesca artesanal, com protótipos já apresentados nas nossas páginas (Ver temas relacionados).
Estamos a falar da canoa Ximbika, a remo, para servir os vários planos de água de Angola, desde o mar, rios e lagoas. Já exaltamos a qualidade do produto made in Angola. Estamos a estender o nosso olhar a outras realizações, como o quiosque em fibra de vidro, ou os utensílios domésticos como caixas térmicas e outros produtos de uso comum.
São coisas que todos admiramos, mas retardamos o apoio declarado a uma entidade, que gera emprego e produtos de qualidade. A primazia vai sempre para a importação, onde resultam num estalar de dedos, planos de realização financeira, sem quaisquer incómodos.
O país, Angola que somos todos nós, documentados e plenos de amor patriótico é, infelizmente só para alguns, no que toca a oportunidades de negócio, numa lógica que contraria a ciência económica.
O que falta mesmo é levar a consciência institucional a apoiar, sem reservas, este projecto criativo e gerador de emprego, aos mares da realização, para que a empresa flutue em todo o seu esplendor criativo, e execute em pleno aquilo que são os anseios do Executivo, em dar às empresas locais, as aberturas necessárias para a sua realização produtiva e posicionamento no mercado de consumo, onde infelizmente impera o produto de ocasião e o descartável, curiosamente, importados e pagos em divisas.
É só ver à porta de casa, quem sobrevive dos resultados das roupas de fardo e utensílios domésticos usados importados doutros países. Estamos a consumir, sem querer, o lixo de outros países, curiosamente pago em divisas.
A Rukka Kayaks Angola já provou com factos e as imagens comprovam-no, que é em Angola, que os nossos sonhos devem ser materializados.
REPORTAGEM DA EURONEWS SOBRE A RUKKA ANGOLA NO YOU TUBE- 04/2021
É necessário que no Governo angolano surja uma força motivadora consequente, capaz de devolver ao mercado, que se afirma nas leis da oferta e da procura, a verdadeira dimensão do desenvolvimento económico e social que necessitamos, ao invés de nos cingirmos aos dictames da importação e suas vantagens associadas.
O conceito made in Angola é uma divisa que deve ter sentido prático e galvanizar como tem acontecido nalguns escalões da esfera produtiva, as atenções dos operadores nacionais.
O Governo deve ser ousado, ao eliminar as peias burocráticas, na organização e gestão das empresas e permitir que evoluam, de acordo com o seu objecto social, com a finalidade de satisfazer as necessidades de consumo local. Politicamente falando é assim que qualquer governo deve orientar-se e não deixar que grupos organizados, com acesso ao poder político, influenciem e se prendam às lianas das compensações das importações, o principal canal da drenagem descarada dos recursos financeiros do país. É hora de termos os pés bem assentes na terra que nos viu nascer.
Deste lado vamos continuar a apoiar a Rukka e outras companhias nacionais, que rmpem as barreiras do silêncio com o seu abnegado trabalho, provando ao mundo que aqui tmbém se vive, se faz e se pensa como em qualquer outro lugar do mundo. Temos de ter consciência disso!
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