O escritor José Luís Mendonça reconheceu quarta-feira, em Luanda, a importância da poesia na edificação da sociedade, dado que representa uma ferramenta importante para educar, despertar, informar e mobilizar o cidadão sobre os grandes problemas sociais.
Esta declaração foi feita pelo autor durante o lançamento da sua nova obra literária, do género poesia intitulada “Angola, me diz ainda“, que retrata vários problemas sociais que afligem a sociedade, como a corrupção, a impunidade, a ganância, entre outros males.
Segundo o escritor, a poesia social ou de intervenção tem um papel fundamental na construção de uma sociedade sem exclusão, uma vez que se torna um instrumento de educação, informação e de mobilização contra os males que assolam a sociedade.
“Para que a poesia exerça esse papel é preciso que as pessoas tenham o hábito de leitura, pois a partir deste exercício o cidadão estará dotado de ferramentas para combater vários fenómenos inerentes a uma sociedade como a nossa“, afirmou o escritor.
Explicou que o novo título contém poemas escritos nos anos 80, consubstanciando-se numa “aventura” do percurso histórico do povo angolano, desde o período de independência até aos dias de hoje.
“Foi uma forma de resgatar o legado da geração dos anos 40, do século XX. Considero-me um continuador, um membro efectivo do ideário contido no slogan “Vamos Descobrir Angola”disse.
José Luís Mendonça, nascido a 24 de Novembro de 1955, no Golungo Alto, província do Cuanza Norte, é licenciado em Direito pela Universidade Agostinho Neto e membro da União dos Escritores Angolanos desde 1984.
Como escritor, publicou diversos livros com destaque para a “Chuva Novembrina” (Prémio Sagrada Esperança na categoria de poesia, em 1981).
Também jornalista e director do jornal Cultura, é autor da obra “Gíria de Cacimbo” (Prémio Sonangol de Literatura – 1986), “Respirar as Mãos na Pedra” (Prémio Sonangol de Literatura – 1989), “Quero Acordar a Alva” (Prémio Sagrada Esperança -1997), “Logaritmos da Alma” (1998), “Poemas de Amar” (1998) e “Ngoma do Negro Metal” (2000). (Angop)