A horas da eleição presidencial norte-americana, a candidata democrata Hillary Clinton tem cerca de 90 por cento de chances de derrotar o candidato republicano Donald Trump na corrida pela Casa Branca, de acordo com a última pesquisa do Projecto Estados da Nação, da Reuters/Ipsos.
Suas chances são similares às possibilidades da semana passada e qualquer virada de Trump na terça-feira depende de uma improvável combinação de reviravoltas de eleitores brancos, negros e hispânicos em seis ou sete Estados, de acordo com a pesquisa divulgada nesta segunda-feira.
A ex-secretária de Estado tinha vantagem de 45 por cento, ante 42 por cento de Trump no voto popular, e estava a caminho de obter 303 votos no Colégio Eleitoral, ante os 235 de Trump, chegando aos 270 necessários para a vitória, descobriu a pesquisa.
As chances de Trump estão em sua performance na Florida, Michigan, Carolina do Norte e Ohio, que tinham a disputa ainda muita acirrada para que se pudesse prever uma definição no domingo, quando a pesquisa foi encerrada, e na Pensilvânia, onde Hillary tem uma pequena vantagem de 3 pontos percentuais. Para que Trump vença, ele precisa vencer na maioria desses Estados.
Qualquer combinação de duas perdas nos três Estados da Florida, Michigan e Pensilvânia, praticamente garantiria a vitória a Hillary. Ao mesmo tempo, Trump precisa conseguir a vitória no Arizona, Estado tradicionalmente republicano, em que a corrida eleitoral está apertada, e esperar que o candidato independente Evan McMullin não vença em outro baluarte republicano, Utah.
Para vencer, Trump precisa de um resultado maior entre os eleitores republicanos brancos do que a que se materializou em 2012, uma queda no número de eleitores afro-americanos e um aumento menor que o previsto no número de eleitores hispânicos, mostrou a projecção.
O Projecto Estados da Nação é um levantamento feito junto a 15 mil pessoas todas as semanas nos 50 Estados norte-americanos, mais a capital Washington D.C. (Reuters)