Depois de tomar conhecimento e aprovar o programa do 22º Campeonato Africano de Andebol Feminino, o ministro da Juventude e Desportos reservou parte do seu tempo, para conviver com a selecção feminina de Andebol, que partiu domingo, dia 6, para Portugal, em cumprimento de um calendário de preparação, visando a sua participação no 22º Campeonato Africano de Andebol feminino, a realizar-se de 27 de Novembro a 8 de Dezembro, no recinto de jogos do Pavilhão Multiusos de Luanda.
Albino da Conceição encorajou as meninas do nosso Andebol de alta competição a honrarem o país com as vitórias, a que nos habituaram, fazendo-as saber que do lado institucional há uma mão cheia de propósitos e esperanças centrados no grupo, relativamente aos resultados pretendidos neste campeonato.
O Andebol Feminino tem sabido cobrir lacunas, alimentar o orgulho nacional com a sua dinâmica desportiva e é isso que Angola precisa deste grupo de jovens, que tem representado uma geração excepcional de atletas de primeira linha.
O ministro recebeu das atletas uma garantia traduzida no seu empenho, para que a vitória não saia de casa e que possam vestir-se de preto, vermelho e amarelo, quando soar o apito final.
Dias antes da cerimónia de despedida para o estágio, o ministro Albino da Conceição e a Secretária de Estado, Ana Paula do Sacramento Neto reuniram-se com o elenco da Federação Angolana de Andebol, liderada por Pedro Godinho, tendo manifestado o seu apoio incondicional ao programa apresentado, gerido com parcimónia, que comparativamente ao Brasil (que teve, nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, um orçamento avaliado em 4,5 milhões de dólares em patrocínios), é um valor raquítico, para quem anualmente gasta, grosso modo, algo como 500 mil dólares, conforme garantiu à imprensa brasileira, Ilídio Cândido, vice-presidente da modalidade.
Pedro Godinho referiu-se aos números, com relativa facilidade, porque as contas são tímidas, numa conjuntura marcada pela crise financeira. Distribuiu bem os valores a jeito de uma engenharia financeira, que coloca as atletas numa posição consensual, quanto à garantia dos seus honorários de participação na prova continental.
O Presidente da FAA enumerou ponto por ponto, os passos que a sua equipa percorreu para atingir os objectivos olímpicos da selecção e, contas feitas, o Andebol feminino participa na competição africana com valores inferiores a 100 mil dólares, em patrocínios e ajudas institucionais, designadamente do Ministério da Juventude e Desportos.
O actual vice-Presidente da Confederação Africana do Andebol consegue deste modo driblar o tempo de penúria financeira nacional, ao organizar, pela terceira vez, uma prova de prestígio no país, à medida dos escassos recursos angariados.
O campeonato Africano de Andebol feminino à excepção do Egitpo, está estruturado em dois grupos, o primeiro dos quais integra o nosso país, a Côte D´Ivoire, em confronto inicial, os Camarões e o Senegal. O Grupo B inscreve a selecção campeã de África, a Tunísia, ao lado da Argélia, Congo e Guiné-Conacri, num total de nove combinados.
PERCURSO OLÍMPICO DO ANDEBOL ANGOLANO
Angola conta com 11 títulos ganhos em África. Realiza pela terceira vez o campeonato, estreando-se em 1985 e pela segunda vez em 2008.
Atlanta 1996 – 3 jogos e 3 derrotas
Coreia do Sul – 25 x 19 (D)
Alemanha – 27 x 12 (D)
Noruega – 30 x 18 (D)
Sydney 2000 – 4 jogos e 4 derrotas
Hungria – 42 x 22 (D)
Romênia – 35 x 25 (D)
França – 29 x 27 (D)
Coreia do Sul – 31 x 24 (D)
Atenas 2004 – 4 jogos, 3 derrotas e 1 empate
Espanha – 24 x 24 (E)
Coreia do Sul – 40 x 30 (D)
França 29 x 21 (D)
Dinamarca – 38 x 22 (D)
Pequim 2008 – 5 jogos, 4 derrotas e 1 empata
França – 32 x 21 (D)
Noruega – 31 x 17 (D)
China – 32 x 24 (D)
Romênia – 28 x 23 (D)
Cazaquistão – 24 x 24 (E)
Londres 2012 – 5 jogos, 4 derrotas e 1 vitória
Rússia – 30 x 27 (D)
Croácia – 28 x 23 (D)
Montenegro – 30 x 25 (D)
Brasil – 29 x 26 (D)
Grã-Bretanha – 31 x 25 (V)
Rio 2016 – 3 jogos, 2 vitórias e 1 derrota
Romênia – 23 x 19 (V)
Montenegro – 27 x 25 (V)
Noruega – 30 x 20 (D) (Portal de Angola)