Vitali Klitschko quer assumir-se como a cara da quase revolução em curso na Ucrânia. Esta manhã, anunciou que o presidente deve renunciar e o parlamento deve marcar eleições até 25 de maio.
Há nesta altura dúvidas sobre quem controla, a cidade de Kiev, e o poder na Ucrânia. O palácio presidencial está sem segurança. A maior parte dos edifícios do poder têm guardas e manifestantes à porta.
Um dos principais aliados da antiga primeira-ministra Yulia Timoshenko foi eleito, esta manhã, para a presidência do parlamento ucraniano.
Alexander Turchinov foi eleito poucas horas depois de ser conhecida a demissão do anterior presidente.
Volodymyr Rybak, um dos elementos do regime, mais próximos do presidente, alegou razões de saúde para a demissão.
Pouco depois, o parlamento votou também a nomeação de um ministro interino para a pasta do interior, que tutela as forças de segurança.
Arsen Avakov, um deputado e antigo colaborador de Timoshenko, foi aprovado por 275 dos 324 deputados presentes na sala.
O partido das Regiões (no poder na Ucrânia) tem perdido representatividade, com a demissão de pelo menos 41 deputados, deixando de ter a maioria e o controlo do parlamento.
Na praça da independência, em Kiev, mais de 40 mil manifestantes não arredaram pé, toda a noite.
Em Kiev está agora Ana Gomes, eurodeputada socialista, que integra uma missão do Parlamento Europeu (até segunda-feira), que deveria reunir-se, esta manhã, entre outros, com o presidente do Parlamento. Ana Gomes conta que há relatos divergentes sobre o paradeiro do presidente da Ucrânia.
Há notícias que dão conta da permanência na Ucrânia, mas também de uma viagem para os Emirados Árabes Unidos.
Ana Gomes conta ainda que a notícia da assinatura do acordo não tranquilizou os manifestantes reunidos no centro de Kiev. A eurodeputada diz que para já ambiente é de aparente calma na capital. (tsf.pt)