Segunda-feira, Maio 20, 2024
19.4 C
Lisboa
More

    Paquistão vive novos choques entre polícia e opositores

    Manifestantes paquistaneses enfrentaram a polícia Foto: Rahat Dar, (EFE/arquivo)
    Manifestantes paquistaneses enfrentaram a polícia Foto: Rahat Dar, (EFE/arquivo)

    Islamabad – O Paquistão viveu nesta segunda-feira novos confrontos entre a polícia e os opositores, que protagonizaram em Islamabad uma passeata até a residência oficial do primeiro-ministro, Nawaz Sharif, na qual houve entre 10 e 15 feridos, informou a imprensa local.

    Segundo o jornal “Express Tribune”, os manifestantes conseguiram derrubar a cerca que protege o Secretariado do Paquistão, residência oficial e o escritório do líder paquistanês, mesmo a polícia tendo usado material antidistúrbios.

    Ontem o exército paquistanês pediu ao governo e à oposição que solucionem a crise política sem recorrer à violência, após um saldo de três mortos e mais de 500 feridos durante os incidentes do fim de semana.

    O chefe do exército paquistanês, general Rahil Sharif, teve um encontro com altos cargos militares após os confrontos, e eles declararam apoio à democracia e se mostraram preocupados com a situação.

    Apesar disso, na nota de imprensa advertiram que o exército está “comprometido em cumprir seu papel na hora de garantir a segurança do Estado”.

    A violência explodiu no sábado à noite quando os manifestantes conseguiram chegar à residência do primeiro-ministro do Paquistão. Eles exigem sua renúncia, mas o primeiro ministro defendeu a negociação.

    Liderados por Imran Khan, à frente do Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), e do clérigo Tahirul Qadri, milhares de pessoas acamparam em Islamabad nas duas últimas semanas para pedir a saída de Sharif por corrupção e fraude eleitoral.

    Após os choques do sábado noite, Khan reafirmou sua postura e assegurou que não parará com os protestos.

    “Estou preparado para morrer aqui”, disse a seus seguidores, de acordo com a imprensa local.

    Khan e Qadri pretendem aproveitar a insatisfação da população com a crise energética, o aumento dos ataques insurgentes e a má situação da economia para forçar a saída do primeiro-ministro, que obteve a maioria absoluta na eleição de 2013.

    Sharif, que foi deposto em um golpe de Estado dos militares em 1999, manteve uma difícil relação com eles desde sua opção de se aproximar da Índia e o julgamento por traição do ex-ditador militar Pervez Musharraf.

    A ofensiva no Waziristão do Norte contra os insurgentes que começou em Junho e que Sharif atrasou em favor do diálogo também foi uma fonte de tensão.

    Analistas e observadores consideram que mesmo que Sharif supere a crise, ficará debilitado pelo resto de seu mandato e que o exército tomará o controle da segurança e a política externa. (EFE)

    Publicidade

    spot_img

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Os EUA pretendem remodelar as cadeias de abastecimento globais na Ásia, e a China contorna isso com investimentos em países asiáticos

    Os aumentos tarifários do presidente Joe Biden sobre uma série de importações chinesas são apenas as últimas medidas dos...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema