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    Palancas perdem para Madagáscar

    As selecções de Angola e do Madagáscar mal se cruzam nas competições continentais – apuramentos ao CAN, CHAN e Mundial, ou na regional Cosafa – mas as estatísticas indicam que das quatro vezes em que se defrontaram, apenas os malgaxes sentiram a alegria de vencer. O número reduzido de jogos entre as duas selecções, ainda é incapaz de criar o mito da invencibilidade, ainda assim, é capaz de afectar o moral dos dois antagonistas quando nos dias 13 e 20 de Agosto, em Antananarivo (primeira mão) e Luanda (segunda mão), disputarem a derradeira eliminatória de acesso ao CHAN Quénia 2018.

    No baú de recordações da selecção angolana não existem boas memórias dos malgaxes, porque nas duas vezes em que as duas equipas calharam no mesmo grupo, em ambas ocasiões foi para a corrida ao CAN, os Palancas Negras falharam o apuramento sem fazer mossa ao adversário.

    Nenhum dos contendores vai acender um figurativo rastilho de pólvora, para pressionar o aspecto mental do adversário, mas é ponto assente que a decisiva eliminatória entre angolanos e malgaxes vai ser um verdadeira tira-teimas entre as duas selecções, pois, ambas têm a obrigação de fazer pela vida, Angola procura a primeira vitória, enquanto o Madagáscar vai em busca do maior feito desportivo no futebol continental.

    Os malgaxes participar primeiro que os angolanos na corrida às provas continentais, mas sempre foram meros animadores e bombos de festa dos adversários. Pela primeira, o Madagáscar está à um passo da glória africana, o CHAN não tem a mesma dimensão do CAN, é verdade, porém, pode servir de porta larga de oportunidades para uma selecção habituada a ver as grandes competições continentais, a partir de casa.

    À semelhança do que sucedeu há quase dois anos, o primeiro jogo entre as duas selecções vai realizar-se em solo malgaxe, os papéis inverteram-se porque no já longínquo 19 de Agosto de 1990, data do inédito jogo entre as duas equipas, os angolanos tiveram a primazia de ser os anfitriões no Estádio nacional da Cidadela. Como frisamos, Angola e Madagáscar defrontaram-se em 4 ocasiões diferentes, curiosamente, todas pontuáveis para o apuramento ao CAN.

    Na corrida ao Senegal 1992, os malgaxes vieram a Luanda vencer por 1-0, na segunda volta houve um nulo, ao passo que para o Gabão 2017, registaram-se dois empates, 0-0 em Antananarivo, 1-1 em Luanda.

    ÚLTIMA ELIMINATÓRIA
    Gerações em conflito no jogo decisivo

    A eliminatória entre o Madagáscar e Angola é até certo ponto um conflito de gerações, dado o percurso ascendente de alguns atletas que devem suar as camisolas dos dois lados, caso não surjam adversidades inesperadas, têm nas suas promissoras carreiras.

    O reencontro entre malgaxes e angolanos acontece quase um ano depois do empate 1-1 em Luanda, num jogo em que os Palancas Negras tinham nas suas fileiras os promissores, Carlinhos e Herenilson, do Petro de Luanda, e Vá, do Progresso de Sambizanga.

    A presença dessas promessas angolanas na convocatória para o embate com os malgaxes, atende ao clamor de rejuvenescimento dos Palancas Negras, depois do fracasso na corrida ao CAN deste ano. O cenário agora é quase semelhante, o slogan da renovação está de novo em voga depois do que aconteceu na véspera do jogo com o Burkina Faso, para o CAN 2019, pelo que os novos valores do futebol angolano são outra vez chamados a mostrar serviço.

    O seleccionador Beto Bianchi pode apostar na continuidade na convocatória para a decisiva eliminatória com o Madagáscar, uma ou outra cara nova é capaz de ser chamada, mas em princípio, vai apostar em atletas ansiosos em ajudar os Palancas Negras a regressarem aos grandes palcos do futebol africano.

    A selecção do Madagáscar marcou sempre que veio a Luanda, curiosamente, chegou sempre primeiro à vantagem, um dado estatístico que merece ser realçado porque na eliminatória passada, os malgaxes foram a Maputo surpreender Moçambique com um inesperado 2-0.

    Os ecos da proeza malgaxe deixaram o continente boquiaberto, ao passo que o nome do jovem médio Njiva Rakotoharimalala, 24 anos de idade, virou sinónimo de golo e esperança para os adeptos da sua selecção. O desempenho do atleta do CNaPS Sport desequilibrou a eliminatória anterior , pois foi o autor de três dos quatro tentos que o Madagáscar festejou no cômputo dos dois jogos com os moçambicanos.

    A pontaria afinada de Njiva Rakotoharimalala, cinco golos em dez jogos, agora alimenta o sonho do CHAN do Madagáscar, a equipa em que alinha, CNaPS Sport, caiu aos pés do Coton Sport dos Camarões para os 16 avos da Champions, mas o apertado 2-1 no agregado das duas mãos, deve servir de alerta aos angolanos, ainda mais, porque o campeão malgaxe costuma ser o maior fornecedor de jogadores da selecção, mesmo quando os atletas na diáspora são chamados. (Jornal dos Desportos)

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