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    Os motores de busca “são bons”, mas a utilização de dados pessoais nas pesquisas “é má”

    Uma Internet com motores de busca cada vez mais certeiros, mas sem recolha de informações pessoais nem publicidade direccionada. Se dependesse das mais de 2000 pessoas inquiridas pelo “think tank” independente norte-americano Pew Research Center, seria este o mundo ideal para os utilizadores da Web, que se mostram cada vez mais incomodados com a utilização dos seus dados por gigantes como a Google e o Yahoo.

    O resumo deste inquérito, que pode ser consultado no site do Pew Internet & American Life Project – um projecto do Pew Research Center que produz relatórios “que exploram o impacto da Internet nas famílias, nas comunidades, no trabalho e em casa, no quotidiano, na educação, na saúde e na vida política e cívica” –, salienta a aparente contradição na atitude dos utilizadores inquiridos: se é verdade que a maioria não se sente confortável com a recolha de informação pessoal por parte dos motores de busca, também é verdade que a opinião sobre a qualidade das pesquisas é positiva.

    Mas uma leitura mais atenta dos resultados mostra que essa contradição é apenas aparente: dos 2253 inquiridos, 65 por cento consideram que empresas como a Google e a Yahoo não estão a prestar um bom serviço ao usarem a informação das pesquisas que fazemos nos motores de busca para nos oferecerem resultados mais aproximados aos nossos interesses, já que este método poderá ter como consequência “a limitação da informação obtida online e dos resultados das pesquisas”. Opinião contrária têm 29 por cento dos inquiridos. Para estes, a obtenção de resultados de pesquisas mais aproximados aos nossos interesses justifica a recolha da nossa “pegada online”.

    A percentagem de pessoas descontentes sobe quando a pergunta é sobre a invasão de privacidade. Para 73 por cento dos inquiridos, a recolha de informação sobre as pesquisas que fazemos nos motores de busca para personalizar os futuros resultados pode constituir uma violação da privacidade dos utilizadores, contra os 23 por cento que não se importam de ver a sua informação recolhida e usada para lhes permitir uma melhor experiência nas pesquisas na Internet.

    Em relação à publicidade direccionada aos interesses dos utilizadores, os resultados não são muito diferentes: 68 por cento dos inquiridos sentem-se desconfortáveis com a recolha e análise do seu comportamento na Internet para fins publicitários e 28 por cento não se importam com a utilização dos seus dados desde que isso lhes permita ver publicidade que realmente lhes interesse.

    Apesar de terem uma opinião muito positiva sobre a capacidade dos motores de busca (91 por cento dos utilizadores afirmam que conseguem encontrar a informação que pesquisam sempre ou na maioria das vezes), apenas 38 por cento dos inquiridos dizem saber de que forma podem limitar o acesso à informação que disponibilizam na Internet, através de comportamentos como apagar o histórico das suas visitas ou gerir as definições de privacidade disponibilizadas pelos sites que visitam.

    Estes dados foram recolhidos entre 20 de Janeiro e 19 de Fevereiro deste ano, por entrevistas telefónicas a 2253 pessoas com mais de 18 anos de idade, com uma margem de erro de mais ou menos dois pontos percentuais, segundo os responsáveis pelo inquérito.

    Fonte: Publico

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