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    O discurso de Samakuva na visão deles

    O discurso de Samakuva transmitiu uma mensagem de unificação de todos os segmentos internos do partido e fê-lo inteligentemente e numa altura em que se aproximam as próximas eleições.

    Muekália frisou  que “não é preciso sair com unanimidade deste Congresso, mas com unidade, mais coesos e mais fortes com base na diversidade” que sempre caracterizou a UNITA.

    Muekália manifestou-se esperançoso que do congresso possa sair uma direcção eleita mais forte que consiga colocar em prática tudo o que for debatido durante estes três dias e congregar todos os militantes,  os quadros e  definir estratégias que permitam  preparar condignamente as próximas eleições em 2012.

    Na sua opinião, este magno evento  devrá ainda traçar planos  e ir ao encontro da sociedade para transmitir a importância do lema escolhido para o Congresso, que é a de unir o país para a mudança.

    Esse influente militante e membro da Comissão Política do Comité Permanente (CPCP) disse ainda que o congresso, além do balanço dos quatro anos da direcção cessante, é também uma oportunidade de  reencontro de todos que se revêem nas insígnias do partido, pois nem sempre tem havido eventos desta dimensão.

     

    Justino Pinto de Andrade,
    Presidente do BD

    O presidente do Bloco Democrático considerou  o discurso de Samakuva de “estratégico na medida em que pensa constituir um Governo sombra, significando  que  a Oposição tem ambição para chegar ao poder, através da realização de pleitos eleitorais periódicos como estabelece a nossa Constituição”. Levando isto em consideração, o discurso foi oportuno.

    Justino Pinto de Andrade mostrou-se inconformado, no entanto, com  o espaço que foi concedido a Samakuva, ao contrário do outro concorrente, José Pedro Katchiungo, durante a campanha eleitoral “Na altura em que fui o presidente da Comissão Eleitoral Independente não permitia que o presidente cessante tivesse mais espaço que o outro candidato.Não sei o que se terá passado, mas não tenho muitos comentários sobre isso,  porque não faço parte desta comissão”, observou o político e académico Manifestou-se, contudo, esperançado que este conclave dos seguidores de Jonas Savimbi “traga uma união em vez de desunião”, embora admita que tudo pode acontecer em eventos deste género, em que se define a vida de uma força política em intervalos de tempo, em função do que dispõem as regras estatutárias do partido.
    Sebastião Veloso
    Congressista

    Começou por desmentiu que a sua candidatura tenha sido recusada pela Comissão Eleitoral Independente(CEI) por não reunir os requisitos exigidos.

    Explicou que tinha tudo para reunir a documentação e concorrer com Samakuva ou Katchiungo, que segundo ele,  são velhos companheiros que bem conhece  desde a sua militância na década de 70 no Bié.

    “Na minha visão, olhando para o partido e para o povo angolano, achei que eu devia aguardar mais um pouco para concorrer no próximo Congresso, que será realizado dentro de quatro anos”, assegurou, adiantando que   “neste intervalo de tempo, estarei melhor preparado para disputar com quem quer que seja. Sabe que em democracia é preciso saber avançar, mas também recuar em tempo oportuno ou estrategicamente”.

    Sebastião Veloso, antigo médico pessoal de Jonas Savimbi, antes de Carlos Morgado, disse ainda que em matéria de liderança é preciso estudar e compreender a ansiedade do povo, para saber o que se deverá fazer aos que em si depositarem a confiança para dirigir o partido.

    “Em resumo preferi fazer isso,  para que eu seja coerente com o povo e comigo mesmo e não ter de me arrepender depois”.

    Francisco Falua
    Secretário para a Organização e Mobilização

    Este quadro da UNITA considera que o discurso do presidente cessante transcendeu às expectativas, na medida em que o presidente cessante trouxe uma mensagem que radiografou os quatros anos do seu mandato, embora com dificuldades, mas traçou caminhos de esperança para os angolanos. O discurso, segundo o entrevistado, define estratégias conducentes à vitória eleitoral em 2012, se “não houver mais outra fraude eleitoral como aconteceu em  1992 e 2008”.

    Falua, que já foi o secretário provincial desta organização no Kuanza-Norte, disse acreditar que este conclave servirá também para sanar algumas fricções internas que abalaram o partido em Julho, quando surgiu o “Grupo de Reflexão” que pretendia destituir o líder e introduzir alegadas reformas.

    Para Francisco Falua, “este congresso dará outro alento para o que nosso partido participe mais unido e decidido nas eleições de 2012 para vencê-las com uma boa vantagem e tirarmos o actual partido do poder que, em 36 anos de governação, não deu água, luz, habitação, protecção social e ensino de qualidade aos seus concidadãos, cuja maioria vive numa  extrema  pobreza”. Concluiu que qualquer dos candidatos que vencer o conclave estará habilitado a dirigir os destinos deste partido.

    Chivukuvuku não faz ondas

    Abel Chivukuvuku, um dos militantes arredado da corrida à presidência da UNITA, devido a um processo disciplinar instaurado contra si à última hora, por alegadamente animar um grupo de reflexão que defendia a realização do congresso, disse que poderá prestar declarações, de forma aberta, no fim dos trabalhos.

    Questionado sobre o facto de ter anunciado novidades no mês passado, o político respondeu que ainda é cedo para se pronunciar sobre esta mesma surpresa, admitindo fazer  uso da palavra durante os trabalhos do congresso caso entenda haver necessidade de o fazer.

    Manifestou-se seguro do apoio que detém junto das bases do partido e admitiu mesmo não se opôr caso seja reconduzido na Comissão Política.

     

    Fonte: O País

    Foto: O País

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