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    Novos embaixadores tomaram posse

    O Presidente José Eduardo dos Santos deu posse, ontem, aos novos embaixadores numa cerimónia realizada no salão nobre do Palácio Presidencial da Cidade Alta.
    Num breve discurso dirigido aos embaixadores, José Eduardo dos Santos garantiu “apoio pessoal e de todo o Executivo” no cumprimento das suas missões: “penso que as qualificações que possuem e as qualidades pessoais são a garantia que vão representar condignamente Angola e que vão ser capazes de promover e defender os seus interesses nos países em que foram acreditados e nas regiões em que vão trabalhar”, disse o Presidente da República.
    O Jornal de Angola ouviu o embaixador Joaquim Augusto de Lemos, nomeado para dirigir a representação diplomática de Angola na Federação da Rússia, que sublinhou o lado histórico das relações entre os dois países: “as relações que temos com a Rússia desde os tempos da União Soviética jamais vão desaparecer. São históricas e inesquecíveis. Por isso mesmo, nós temos como prioridade o reforço das relações bilaterais”.
    O diplomata definiu como prioridade da sua missão, no domínio das relações bilaterais, “atrair mais investimentos russos em Angola, sobretudo no âmbito da exploração de minas e também na reabilitação e construção de infra-estruturas”.
    Joaquim Augusto de Lemos realçou que a diplomacia internacional é também uma frente à qual vai dedicar atenção, com destaque para o processo de reformas das Nações Unidas, tendo em conta que a Rússia é membro permanente do Conselho de Segurança.
    “É uma questão que preocupa a comunidade internacional e de uma forma particular os países em vias de desenvolvimento, os países membros do Grupo dos 77 mais a China, de que Angola também é parte integrante. E nós vamos juntar-nos ao grupo africano para que haja um equilíbrio nas Nações Unidas”, defendeu o diplomata.
    Para o embaixador de Angola nos Estados Unidos da América (EUA), Alberto Bento Ribeiro, a condição de única super potência mundial faz com que este país tenha um tratamento diferenciado.

    “Os EUA são o parceiro mais importante que temos a nível económico e pela importância que este país desempenha no mundo actual, como a única super potência, é evidente que nós temos que ter um relacionamento privilegiado e muito especial com este país”, disse Alberto Bento Ribeiro, sublinhando que “a nossa primeira prioridade é reforçar os laços a nível diplomático e político e consolidar os já existentes a nível económico”.
    O diplomata lembrou que “já temos um investimento muito vasto dos EUA na área energética, petróleo e gás”, mas interessa prosseguir no sentido da diversificação. “Nós temos uma prioridade grande na modernização da nossa economia, em especial no mundo rural. Precisamos de uma agricultura moderna. Os EUA podem dar um contributo muito valioso no sentido da modernização e do reequipamento da nossa agricultura”, afirmou.
    Em declarações a jornalistas, depois de tomar posse, o embaixador de Angola junto da União Africana, Arcanjo do Nascimento, defendeu como prioridade contribuir para o avanço da agenda da organização continental nos domínios da manutenção da paz e da segurança: “a prioridade é continuar a cumprir a agenda da União Africana que coincide também com a agenda de Angola, no plano externo. É fundamental que haja paz e segurança para que o continente possa desenvolver a sua agenda económica, os países se possam desenvolver e os povos de África vejam os seus problemas básicos resolvidos”.
    Arcanjo do Nascimento defendeu que compete exclusivamente aos Estados africanos trabalhar pela sua emancipação e acabar com a marginalização a que estão sujeitos. “Cabe fundamentalmente aos países do continente reforçarem as suas instituições para se imporem no plano internacional.
    África está marginalizada no plano económico, é preciso que os países se emancipem economicamente, que desenvolvam as suas economias e criem condições para que os seus povos se possam afirmar”, disse.
    Para o diplomata, África tem de fortalecer as suas instituições de modo a ser capaz de assumir o seu próprio destino: “sem resolvermos os problemas básicos que o continente ainda tem, sobretudo no domínio da segurança, no domínio económico e as debilidades sociais, continuaremos a depender das potências externas. Portanto, temos de criar a nossa fortaleza interna para nos podermos impor a nível internacional”. Foram empossados os embaixadores de Angola em Marrocos, na Grécia, nos EUA e na África do Sul, Manuel Aragão, Isabel da Silva Feijó, Alberto Bento Ribeiro e Josefina Pitra Diakité. Feliciano dos Santos, Apolinário Jorge Correia, Arcanjo do Nascimento, Fidelino de Jesus Figueiredo e Maria dos Reis Ferreira, foram empossados para embaixadores na Guiné-Bissau, Escritório das Nações Unidas em Genebra e Organizações Internacionais, União Africana, Singapura e Áustria.
    O Presidente da República deu também posse aos novos diplomatas na Hungria, Lisete Pena, nos Emiratos Árabes Unidos, Flávio Fonseca, na Alemanha, Alberto Neto, no Canadá, Agostinho da Silva Neto e no México, Leovigildo da Costa e Silva.
    Tomaram posse os embaixadores na Coreia do Sul, Cabo Verde, Suécia, China e Brasil, Albino Malungo, Josefina da Cruz, Brito Sozinho, João Garcia Bires e Nelson Cosme. Balbina da Silva, na Zâmbia, Ana Maria Teles Carreira, Ghana, Osvaldo Varela, Suíça e Isaias Vilinga, Moçambique, foram também empossados.
    O Presidente da República e Chefe do Executivo, José Eduardo dos Santos, deu, igualmente, posse a António da Costa Fernandes, embaixador no Egipto, Hermínio Escórcio, na Argentina, Hendrik Vaal Neto, no Zimbabwe, Domingos Culolo, na Polónia, Florêncio de Almeida, na Itália, Miguel Fernandes, no Reino Unido e Irlanda do Norte, José César Augusto, Cuba, Joaquim Augusto de Lemos, Rússia e Manuel Ruas, Guiné-Conacry.

    Fonte: Jornal de Angola

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