Na Huíla, os deputados do grupo parlamentar da UNITA iniciaram visitas de campo a alguns municípios da província e insistem que o Presidente da República deve decretar o estado de emergência. Em Luanda, o MPLA reagiu às declarações de Isaías Samakuva, que, na abertura das jornadas parlamentares, acusou o Executivo de abandonar a população do sul de Angola, que enfrenta uma seca severa.
“O MPLA tem um programa bastante sólido neste sentido e a presença do Presidente João Lourenço foi uma amostra evidente de que estão preocupados com a seca”, defendeu a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, salientando que o Chefe do Estado deixou instruções quando visitou o Cunene para a resolução do problema da seca.
Ao NJOnline, o líder do grupo parlamentar da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, declarou que as VIII jornadas parlamentares estão a ser marcadas por um amplo debate sobre as medidas para contrapor os danos da seca no sul de Angola, cujo documento de base foi elaborado por uma comissão do seu grupo parlamentar que recentemente esteve na Huíla e no Cunene a efectuar o levantamento do problema.
“Já aconselhámos o Governo angolano a decretar o estado de emergência para fazer face à seca no sul de Angola. A situação inspira cuidados”, disse aquele deputado da UNITA.
Adalberto da Costa Júnior disse existirem dificuldades de vária ordem nos sectores da saúde, da educação e do saneamento básico, pelo que aconselha as autoridades competentes a prestarem mais atenção às preocupações dos cidadãos.
Recorde-se que o presidente da UNITA, Isaías Samkuva, considerou segunda-feira que o Governo discrimina as populações do sul de Angola afectadas pela seca há vários anos, porque nas províncias afectadas – Kuando Kubango, Cunene, Namibe e Huila -, vive 17% da população do País mas apenas 3% do Orçamento Geral do Estado é dedicado a esta área geográfica.
