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    Moçambique:Lei dos petróleos reaviva debate sobre distribuição da riqueza

    Minérios congoleses causam controvérsia (AP)
    Minérios congoleses causam controvérsia (AP)

    Académicos em Moçambique defendem uma maior inclusão na distribuição dos dividendos provenientes do petróleo e de outros recursos, numa altura em que organizações da sociedade civil dizem que essas riquezas estão a ser apropriadas por membros da elite no poder e não beneficiam a maioria dos moçambicanos.

    O parlamento moçambicano aprovou, ontem, 14, a lei dos petróleos, numa altura em que se questiona de que modo é que as comunidades vão receber parte dos dividendos deste recurso e de outros já em exploração em Moçambique.

    Ao nível da Confederação das Actividades Económicas de Moçambique(CTA, na sigla em inglês), esta questão ainda está em discussão porque a descoberta de recursos naturais apanhou toda a gente em contra pé.

    “Todas as partes interessadas, Governo, sector privado, parceiros e sociedade civil, estão neste momento a discutir quais são as melhores políticas, o que é que se deve fazer em termos de reformas, o que é necessário fazer para que as comunidades locais sejam mais envolvidas”, disse Eduardo Sengo, assessor económico da CTA.

    O economista e professor universitário João Mosca disse à VOA ser necessário que o dinheiro resultante destes projectos entre no Estado, através de impostos, do Orçamento do Estado e da balança de pagamentos, para poder beneficiar a maioria dos moçambicanos.

    É necessário também que o Estado e a sociedade civil sejam capazes de monitorar e fiscalizar as empresas que exploram os recursos naturais no sentido de cumprirem com a sua responsabilidade social.

    Para aquele académico, é necessário que haja cuidado suficiente em fazer beneficiar as populações com melhores serviços e com a dinamização do tecido económico nacional nos locais onde estão a ser implementados esses projectos.

    Entretanto, o académico e deputado independente da Assembleia da República Ismael Mussá diz que a par de benefícios para as populações, através de uma melhor qualidade de vida e uma maior inclusão e equidade, é preciso também evitar que o petróleo e outros recursos sejam um factor de instabilidade no pais.

    Ao abrigo da presente lei, o Governo é obrigado a divulgar todos os contratos de exploração do petróleo. (voa.com)

    por Miguel Ramos

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