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    Moçambique: Tensão sobe nas últimas horas da campanha eleitoral

    Daviz Simango, líder do MDM (AP)
    Daviz Simango, líder do MDM (AP)

    Confrontos entre apoiantes da Frelimo e do MDM seguidos de intervenção policial causam pelo menos 46 feridos.

    Daviz Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e do município da Beira, acusou hoje a polícia daquela cidade de estar “instrumentalizada pela Frelimo”, na sequência dos confrontos de sábado que causaram pelo menos 46 feridos.

    No sábado, confrontos entre apoiantes da Frelimo, partido no poder, e do Movimento Democrático de Moçambique, MDM, da oposição e que governa o município da Beira, foram seguidos por uma violenta intervenção policial, pela Força de Intervenção Rápida, que dispersou o comício de encerramento do MDM.

    Entretanto a polícia da Beira afirmou que cerca de 20 pessoas foram detidas no sábado em ligação com actos de vandalismo registados naquela urbe no âmbito da campanha eleitoral.

    O porta-voz do comando provincial da polícia, Feliciano Dique, citado pela Rádio Moçambique referiu que os detidos “irão responder pelos actos por si cometidos”.

    Segundo Dique, cinco viaturas foram carbonizadas, tendo-se registado o roubo de uma motorizada e outras destruições ainda não contabilizadas.

    O bairro da Munhava, o mais populoso da Beira, palco de confrontos entre polícia e populares, no sábado, acordou entretanto hoje sob tensão permanecendo em vigor o forte cordão de segurança que protege a sede da Frelimo, ameaçada de invasão.

    O trânsito, na principal estrada do bairro, continuava condicionado depois da retirada, no princípio da manhã de uma viatura incendiada e de um contentor de lixo que bloqueavam a via.

    No culto religioso da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, junto ao local onde a polícia disparou e lançou gás lacrimogéneo contra os apoiantes do MDM, durante o comício de Daviz Simango, foram invocadas as vítimas do incidente.

    “A segurança ainda não é das melhores no bairro da Munhava” disse entretanto à agência Lusa, Elisabete Azevedo-Harman, observadora eleitoral do Electoral Institute of Southern África, que saiu ilesa dos confrontos.

    A sede local da Frelimo encontra-se isolada, e um contingente policial guarnece uma dezena de simpatizantes do partido no poder, empunhando dísticos e bandeiras.
    De referir que a campanha eleitoral rumo às eleições de 20 de Novembro em 53 autarquias de Moçambique termina hoje.

    Durante 15 dias de campanha o país testemunhou o desdobrar de esforços dos dois principais partidos em liça,  a Frelimo, no poder, e  do MDM, a segunda formação politica na oposição, depois da Renamo. A Renamo decidiu não participar nestas eleições alegando que não se encontra representada equitativamente na Comissão Nacional Eleitoral.

    A campanha começou no dia 5 deste mês. Amanhã e depois serão dias de reflexão, segundo a lei eleitoral moçambicana.

    Nestas eleições estão inscritos 18 partidos, grupos de cidadãos e associações. Estão recenseados mais de três milhões de eleitores nas 53 autarquias do país. (voaportugues.com)

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