Dois padres acusados de ofensas corporais, fogo posto e cárcere privado em Nampula, norte de Moçambique, foram libertados pelo tribunal sob Termo de Identidade e Residência (TIR), anunciou hoje o advogado dos religiosos.
Em maio, a Procuradoria-Geral da República (PGR) na província de Nampula emitiu uma ordem de detenção dos dois padres, acusando-os de cárcere privado de cinco pessoas, ofensas corporais e fogo posto na residência de uma das vítimas por alegadamente terem roubado dois sacos de milho numa paróquia local.
Citado pela imprensa, o advogado dos dois padres, Calquer Nuno de Albuquerque, informou que o Tribunal Judicial da Província de Nampula ordenou a libertação dos religiosos sob Termo de Identidade e Residência.
Na exposição que fez ao tribunal, o Ministério Público em Nampula defendia a manutenção da prisão dos dois padres, mas o juiz ordenou a libertação.
“Estamos perante o crime de fogo posto em lugar habitado. Este tipo de crime, nos termos do artigo 463 do código penal, tem uma moldura penal de 16 a 20 anos de prisão”, alegou o Ministério Público em Nampula.
FONTE: Lusa