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    Missão da África Ocidental em Bissau para ajudar a desbloquear impasse no parlamento

    Uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) chega hoje, terça-feira, a Bissau, para ajudar a desbloquear o impasse no parlamento guineense, disseram (segunda-feira) à Lusa fontes da organização e do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

    Segundo as mesmas fontes, durante a sua estada em Bissau, a missão vai reunir-se com o chefe de Estado, José Mário Vaz, com o primeiro-ministro, Aristides Gomes, com os representantes das Nações Unidas, União Europeia, União Africana e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, bem como com os representantes dos partidos políticos com assento parlamentar.

    A missão da CEDEAO é liderada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Geoffrey Onyeama, e inclui o presidente da comissão da organização, Jean-Claude Kassi Brou.

    A CEDEAO tem mediado a crise política que existe no país desde 2015 e que nem com as eleições legislativas de 10 de Março foi ultrapassada.

    O novo impasse surgiu a 18 de Abril, logo após a cerimónia de tomada de posse dos novos deputados, com a eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular.

    Depois dos deputados terem reconduzido no cargo Cipriano Cassamá, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) primeiro vice-presidente, o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), segundo partido mais votado nas legislativas, não conseguiu fazer eleger para o cargo de segundo vice-presidente do parlamento o seu coordenador nacional, Braima Camará.

    O Madem-G15 recusa avançar com outro nome para o cargo.

    O Partido de Renovação Social (PRS), terceira força mais votada nas legislativas de 10 de Março, também reclama a indicação do nome do primeiro secretário da mesa do parlamento.

    PRS e Madem-G15, que assinaram um acordo de incidência parlamentar e juntos têm 48 deputados, têm acusado a nova maioria parlamentar de não querer chegar a consensos, enquanto a nova maioria parlamentar defende que está a cumprir a lei.

    A nova maioria parlamentar inclui o PAIGC, a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com um total de 54 deputados.

    Quase dois meses depois da realização das legislativas na Guiné-Bissau, o novo primeiro-ministro guineense continua sem ser indigitado, apesar de o parlamento já ter enviado para o Presidente, José Mário Vaz, o dossier da constituição da mesa do órgão legislativo, sem o segundo vice-presidente, e ter comunicado estarem reunidas as condições para a formação do Governo.

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