O Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria financiou, nos últimos anos, projectos de cooperativas agrícolas tuteladas por supostos assistidos, um pouco por todo país, que afinal não existem, denunciou, nesta quarta-feira no Lubango, província da Huíla, o titular da pasta, João Ernesto dos Santos “Liberdade”, escreve a Angop.
Segundo a mesma fonte, o governante que se encontra em visita de trabalho de dois dias, no quadro de um processo de recadastramento de 311 cooperativas agrícolas formadas na última década, advogou a necessidade de se avaliar a questão e constatar, de facto o que se passou.
Contudo, está em curso um processo de recadastramento das cooperativas agrícolas em todas as províncias do país, embora em certos casos descobriu-se que, apesar de terem sido financiadas pelo ministério, não existe uma cooperativa como tal.
“As estatísticas indicam um registo de 311 cooperativas, sendo que na Huíla fala-se em 15, mas na realidade apercebi-me que existem apenas três, isso é crime, porque o governo injectou muito dinheiro para apoiar o programa de fomento agrícola e os valores suspeita-se que tiveram um destino diferente”, disse o ministro, acrescentando que existem lavras individuais e pequenas associações, mas cooperativas como tal dos antigos combatentes não existem, “por isso estamos a constatar no terreno para reportar ao Presidente da República”.
Considerou que após o levantamento que está em curso, o segundo passo será apoiar os Antigos Combatentes que pretendem trabalhar a terra para sobreviver, com sementes, tractores e suas alfaias, enxadas, catanas e outros meios para melhor produzir.
Esta é a primeira visita que o ministro efectua este ano à província da Huíla, desde que foi empossado no cargo.