Tunisino é suspeito de ter atacado feira em Berlim, na segunda. Chanceler alemã disse que vai tomar medidas para melhorar a segurança do país.
Angela Merkel, afirmou nesta sexta-feira (23) que pretende aumentar o número de deportações de tunisinos que tiveram o visto negado, segundo a agência Reuters. A decisão é tomada após o ataque a uma feira de natal, em Berlim, no início da semana, que deixou 12 mortos e 48 feridos.
O suspeito de ter cometido o atentado é Anis Amri, foi morto nesta madrugada em Milão, na Itália. “Meu agradecimento às forças de segurança italianas, à polícia italiana e às autoridades”, afirmou a chanceler alemã, de acordo com a BBC.
Muito criticada sobre sua política de migrações, Merkel disse que o atentado levantou muitas perguntas e que seu governo tomaria medidas para melhorar a segurança no país.
Ela afirmou ter conversado com o presidente da Tunísia, Beji Caid Essebsi, por telefone. “Eu disse ao presidente tunisino que temos que acelerar significativamente o processo de deportação e aumentar o número de pessoas enviadas de volta”.
Política migratória criticada
Logo após os ataques, a chanceler foi alvo de críticas com relação à política migratória. “Estes são os mortos de Merkel”, denunciou em sua conta no Twitter um dos líderes do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AFD), Marcus Pretzell, segundo a France Presse.
“A Alemanha não é mais segura” face “ao terrorismo do Islã radical”, acrescentou outro membro da AFD, Frauke Petry, questionando a decisão do chanceler de abrir as portas do país para os emigrantes.
Apenas em 2015, a Alemanha recebeu 1,1 milhão de solicitantes de asilo, que fugiam da guerra e da pobreza, originários principalmente do mundo muçulmano. Os emigrantes não param de chegar as suas fronteiras. Em 2016, aproximadamente 300 mil chegaram ao país. (Reuters)