Lisboa – O embaixador de Angola em Portugal, José Marcos Barrica, apelou, nesta Sexta-feira, em Lisboa, “por uma maior solidariedade para a causa de inúmeras famílias angolanas que vivem em situações complicadas”, devido a crise económica em terras de Camões.
Intervindo durante as cerimónias de cumprimentos de ano novo perante diplomatas e funcionários da Missão Diplomática em Portugal, Marcos Barrica elogiou o trabalho dos Consulados Gerais de Angola em Lisboa, Porto e do Algarve, “em prol das comunidades angolanas, que clamam por acompanhamento”.
“É importante continuarmos a cobrir as necessidades dos nossos compatriotas”, disse o diplomata angolano, em acto assistido, entre outras entidades, pelo embaixador de Angola junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Hélder Lucas, e por representantes em Portugal do MPLA, UNITA e CASA-CE.
À sociedade civil, Marcos Barrica pediu também que “tenha sempre presente Angola, seja qual for a sua natureza”, manifestando a necessidade de “promovermos e colocarmos os interesses pátrios acima de outros propósitos”.
O discurso de Marcos Barrica foi precedida de uma mensagem, lida pelo adido de imprensa, Estevão Alberto, em nome dos diplomatas e funcionários, tendo expressado reconhecimento ao embaixador, “numa altura em que, num único ano, as relações entre Angola e Portugal, passaram de intensas e excelentes, para normais, por razões sobejamente conhecidas”.
Segundo descreve Estevão Alberto, a crise nas relações diplomáticas entre Angola e Portugal “foi causada por aqueles que pensam que Angola ainda é um apêndice do território português”.
“Nada nos retrairá, nem nos inibirá ou, tão pouco, nos resignaremos, no respeito contínuo do quadro legal predominante no ordenamento jurídico internacional”, adiantou, para seguidamente reiterar “a determinação na intensificação das acções com vista a contrapor os remanescentes críticos e saudosistas que ainda flutuam em Portugal”. (portalangop.co.ao)