Luanda – O músico e compositor Lulas da Paixão considerou hoje, quarta-feira, em Luanda, ser necessário a troca de experiência entre a nova geração de sembistas e os mais experimentados no sentido haver entrega do testemunho deste estilo que tem representado a cultura nacional dentro e fora de Angola.
Em entrevista à Angop a propósito do surgimento de novos valores no estilo Semba e da formação artística, Lulas da Paixão acresceu que os mais novos não devem ter complexos em contactar os mais velhos quando querem uma composição musical ou ensinamentos para a interpretação em língua nacional.
Segundo o compositor, o semba deve ser salvaguardado pelo valor que representa na história da música e política de Angola, razão pela qual os jovens devem saber com propriedade o valor e origens do Semba.
“É preciso que a juventude mostre o seu interesse por este estilo, de formas a preservar este ritmo que é património nacional“, disse.
Lulas da Paixão considerou que o ritmo esteve nos últimos anos pouco representado por novos valores, mas que hoje o quadro mudou, tendo, mesmo nas mãos da nova geração, bons executores,
O músico realçou que os mais velhos devem estar disponíveis para oferecer todo o seu saber aos jovens, de mesmo modo que os novos valores devem solicitar aos mais antigos na matéria para aumentar os seus conhecimentos.
Para o artista, o Semba é parte da cultura angolana, por este motivo é necessário que a história deste ritmo musical seja conhecido e valorizado, de formas a que no futuro as novas gerações conheçam a trajectória deste que é considerado o ícone da música nacional.
Compositor e artista angolano, Lulas da Paixão, nome artístico de Sebastião Paulo, nasceu a 11 de Novembro de 1946, na Ilha do Cabo, em Luanda.
Em 1957, começou a sua carreira artística como vocalista do grupo A Caravana. A sua grande projecção deu-se em 1968, quando actuou, com o extinto grupo Musangola, no projecto musical/cultural “Kutonoka”. (portalangop.co.ao)