Luanda – Um Livro com o título “O Processo dos Cinquenta, Tempo e Memória (19400-1962), Considerações Históricas” foi lançado hoje (quarta-feira), em Luanda, em homenagem aos nacionalistas presos, julgados e desterrados para o campo de Tarrafal (Cabo Verde).A obra, da autoria de Fernando Edviges Chasse, pseudónimo literário de Fernando Correia, e que contém 374 páginas, foi lançada no âmbito das comemorações do 50º aniversário do “Processo dos 50”, a assinalar-se quinta-feira, 29 de Março.
Apresentada pela jurista Maria do Carmo Medina, a obra retrata algumas vertentes do movimento panfletário angolano e a análise de algumas formas de nacionalismo, elaboradas pela população africana e branca na era colonial.
Como pano de fundo, o livro apresenta um estudo da observação dos movimentos percursores do nacionalismo angolano e, consequentemente, dos movimentos panfletários, que defendiam a independência política de Angola.
Apresenta igualmente breves histórias da redescoberta de Angola, da Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE), dos julgamentos, dos caminhos de desterro, assim como depoimentos dos protagonistas (presos).
O «Processo dos 50» é a designação encontrada para o julgamento de nacionalistas angolanos acusados de, por meio de acções clandestinas, conspirarem contra o regime colonial português em Angola.
Este processo foi o resultado de uma vasta onda de detenções efectuadas pela PIDE (na colónia desde 1957) que decorreram entre 29 de Março e 24 de Agosto de 1959 e que constituiu a afirmação da mobilização popular para a independência de Angola.
Presenciaram o acto, o vice-ministro da Cultura, Cornélio Caley, em representação da titular da pasta, Rosa Cruz e Silva, o primeiro embaixador de Cuba em Angola, Óscar Oramas, antigos presos políticos e convidados.
Fonte: Angop
