A comunicação social serve de indicador importante para os observadores eleitorais, actuando como barómetro da liberdade de imprensa, de expressão, do acesso à informação e de oportunidade iguais para todos os concorrentes, afirmou, esta quarta-feira, em Luanda, o comissário Eduardo Magalhães.
O membro da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) dissertou sobre o papel da comunicação social no processo eleitoral, tema enquadrado na Conferência Nacional de Midias para o Pleito de 2022, promovida pelo Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor).
Segundo o comissário, a comunicação social desempenha um papel preponderante para a transparência do processo eleitoral, mediante o fornecimento de informações necessárias aos cidadãos, de modo que possam tomar as suas decisões de forma livre e consciente.
Para si, os órgãos de comunicação social servem também de plataforma para que os partidos políticos e seus cabeças de listas possam fazer passar as suas ideias e programas de governação em fase de campanha eleitoral.
Aos jornalistas, Eduardo Magalhães disse que devem ter em atenção a Lei, tendo como “manuais de consulta” a Constituição da República de Angola (CRA), o Compêndio da Legislação Eleitoral, a Lei de Imprensa e o Código de Conduta.
No evento, que visou munir os profissionais da comunicação social de ferramentas essenciais para a cobertura eleitoral, o comissário falou também da necessidade de observância do princípio do contraditório, da igualdade de tratamento e da salvaguarda do direito de antena.
Em declarações à ANGOP a propósito da conferência, o jornalista Eugénio Azevedo, da Rádio Escola, argumentou que o certame dotou os profissionais da comunicação social de ferramentas necessárias para o acompanhamento do processo eleitoral, com maior acutilância e rigor.
“As ferramentas são importantes, uma vez que o painel sobre a ética e deontologia profissional no processo eleitoral, foi extremamente essencial devido às reclamações dos partidos políticos quanto à actuação dos jornalistas”, referiu.
A conferência agregou jornalistas e responsáveis dos conselhos de administração dos órgãos de comunicação social.