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    Importação de alimentos consumiu 19% de divisas em 2017

    A importação de alimentos consumiu 2,3 mil milhões USD no ano passado, 19,64% do valor global vendido pelo Banco Nacional de Angola (BNA), e o sector petrolífero, principal responsável pela entrada de divisas no País, ficou com 2,2 mil milhões USD, 18,49% do valor total, de acordo com o Relatório e Contas do BNA referente a 2017 tornado público na semana passada.

    No relatório, o banco central refere que em virtude da necessidade de moeda estrangeira para a importação de bens e serviços, bem como para a realização de diversos compromissos externos, foram colocados no mercado durante o ano passado recursos cambiais equivalentes a 11.984 milhões USD (em 2017 o BNA apenas vendeu Euros, perfazendo cerca de 10.725 milhões Euros).

    Deste montante, as viagens, ajuda familiar, saúde e cartões de crédito são os que menos beneficiaram «de moeda estrangeira, tendo ficado com 8,31% (995 milhões USD). A rubrica “Outras”, onde é difícil decifrar o destino das divisas, teve um peso de 37,93%, correspondendo a 4,5 mil milhões USD. Apesar da necessidade de vendas de divisas mais controladas, frisa o BNA, observou-se um aumento na oferta no mercado primário de 14,48% comparativamente ao ano de 2016.

    Além do BNA, os bancos comerciais também adquiriram dos seus clientes um montante de 1,7 mil milhões USD contra 2,3 mil milhões USD no ano anterior. Para mitigar a procura por divisas em 2017, o BNA contou com recursos provenientes do Tesouro Nacional e das empresas petrolíferas. “Assim, as compras de divisas do BNA em 2017 registaram uma diminuição de 7,73% comparativamente ao ano de 2016, dos quais, 5,5 mil milhões USD (56,34%) provenientes do Tesouro Nacional e 4,3 mil milhões USD (43,66%) do sector petrolífero”, refere o documento.

    As vendas de divisas dos bancos comerciais aos clientes aumentaram 15,91% em 2017 face ao ano anterior para os USD 12,2 mil milhões (USD 10,5 mil milhões em 2016), o que corresponde a uma execução de 87,74% das divisas adquiridas através de várias fontes (BNA e clientes). Entretanto, o BNA reconhece no relatório que a venda de moeda estrangeira permaneceu controlada em 2017, tendo-se registado um aumento de 10,88%, representando uma média mensal de 1,01 mil milhões USD.

    Mas, refere o BNA, a manutenção de uma taxa de câmbio estável ampliou o desequilíbrio entre a procura e a oferta de divisas, que culminou num aumento significativo da pressão cambial nos vários mercados. Porém, dada a alocação de divisas pelos sectores prioritários, aumentaram cerca de 2,36% face a 2016. Como resultado, as Reservas Internacionais Brutas(RIL) diminuíram 26,13% em 2017, atingindo 17,9 mil milhões USD. O rácio de cobertura das importações situou-se nos 7,64 meses de importações de bens e serviços, contra os 10,43 meses de importações no final de 2016. (Mercado)

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