O representante em Angola da Organização Mundial da Saúde (OMS), Caetano Gomes, defendeu sexta-feira, no Lubango, província da Huíla, ser fundamental vacinar as crianças até aos cinco anos de idade para que não haja deslocação do pólio vírus selvagem e contaminação dos adultos.
Caetano Gomes explicou que a não imunização de todas as crianças, até aos cinco anos de idade, “pode provocar uma deslocação da faixa etária, caso haja circulação do pólio vírus selvagem, afectando os adultos.
O representante da OMS trabalhou nos últimos dois dias no município do Lubango, onde orientou encontros no quadro de jornadas de advocacia para a campanha de vacinação contra a pólio, a decorrer em simultâneo em vários países de África, de 14 a 16 deste mês.
Caetano Gomes revelou que África está há um ano sem casos de pólio, registando-se apenas no Afeganistão e no Paquistão.
Anunciou que a OMS poderá declarar, em Novembro próximo, Angola como país livre da poliomielite, depois de uma comissão de certificação deste organismo da ONU, para apoio a região africana, certificar os efeitos das campanhas de vacinação.
Adiantou que a referida comissão visita Angola em Setembro para constatar, no terreno, a real situação do impacto das campanhas de vacinação, até ao nível mais baixo, de municípios e comunas que implementam esta actividade.
“Com os êxitos já alcançados até ao momento, Angola vai ter que apresentar a documentação a ser exibida em Novembro e daí se ver se Angola vai, então, receber a certificação para a erradicação da pólio”, enfatizou. (portalangop.co.ao)